Bolsonaro delega ao Gen. Braga Netto articular apoio extra a Estados

O presidente Jair Bolsonaro determinou ao ministro da Casa Civil, General Braga Netto, que articule ações complementares de apoio aos Estados e ao Distrito Federal que precisarem de ajuda durante a crise de saúde pública.

Walter Souza Braga Netto é um general do Exército Brasileiro. De fevereiro de 2018 a janeiro de 2019 foi o interventor federal no estado do Rio de Janeiro. Foi Comandante Militar do Leste até fevereiro de 2019, quando foi designado para assumir a chefia do Estado-Maior do Exército. Em 18 de fevereiro de 2020 assumiu o cargo de ministro-chefe da Casa Civil do governo Bolsonaro.

A ordem de Bolsonaro foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda (8) e trata-se de um reforço às ações do Ministério da Saúde.

A tarefa de atender aos Estados que pedirem auxílio foi atribuída a Braga Netto porque desde março o general foi escalado para gerir um comitê do Planalto para supervisionar e monitorar os impactos da pandemia no país. O grupo é formado por todos os ministros de Bolsonaro, além dos presidentes da Caixa, do Banco do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sob a liderança de Braga Netto.

General Braga Netto

Bolsonaro determinou “ao Coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da covid-19, instituído pelo Decreto nº 10.277, de 16 de março de 2020, que, sem interrupção das ações em curso e do apoio já prestado pelo Ministério da Saúde, articule as ações complementares de toda a administração pública federal em auxílio aos Estados e ao Distrito Federal que o solicitarem para enfrentamento da pandemia de covid-19 em decorrência da insuficiência ou do exaurimento de suas capacidades”.

Desde o início da crise de saúde pública, Bolsonaro se coloca em posição de enfrentamento aos governadores e prefeitos, responsáveis, pelas medidas que fizeram a economia parar como a decretação de quarentenas e o fechamento do comércio, iniciativas condenadas por ele. Além disso, o Supremo Tribunal Federal tirou do presidente a possibilidade de agir na pandemia, deixando isso para os Estados e municípios.

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