A Polícia Federal não encontrou elementos suficientes para indiciar os responsáveis pela realização ou financiamento dos atos considerados antidemocráticos pelo STF.
Na manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes a PF não solicita mais prazo para a investigação.
Os autos do inquérito estão agora com a PGR, que pode solicitar a continuidade da investigação, ou, então, Moraes pode decidir por mais diligências.
O inquérito foi aberto em abril de 2020 pelo próprio STF.
Ao autorizar a ação da Polícia Federal no caso, o ministro do Supremo afirmou que o grupo que promoveu atos antidemocráticos é financiado por diversas formas por empresários. “Ressalte-se, também, que toda essa estrutura, aparentemente, estaria sendo financiada por empresários que, conforme os indícios apresentados atuariam de maneira velada fornecendo recursos — das mais variadas formas —, para os integrantes dessa organização”.
Ele também citou que a PGR indicou a estruturação da associação criminosa, que seria formada por quatro núcleos, intitulados “organizadores e movimentos”, “influenciadores digitais e hashtags”, “monetização” e “conexão com parlamentares”.
Confira a lista dos alvos de busca e apreensão devido a investigação:
- Daniel Silveira (PSL-RJ), deputado federal
- Allan dos Santos, jornalista
- Luís Felipe Belmonte, advogado, vice-presidente do Aliança pelo Brasil e suplente do senador Izalci Lucas (PSDB)
- Sergio Lima, marqueteiro do Aliança pelo Brasil
- Fernando Lisboa, youtuber
- Ravox Brasil, youtuber
- Emerson Teixeira, professor da rede pública do DF e youtuber
- Camila Abdo, jornalista
- Otavio Fakhoury, empresário
- Alberto Silva, do canal Giro de Notícias
- Marcelo Frazão, youtuber
- Ernani Fernandes Barbosa Neto, advogado
- Thais Raposo do Amaral Pinto Chaves, sócia de Ernani
- Valter Cesar Silva Oliveira, do canal Nação Patriota
- Roberto Boni, youtuber