Por enquanto, a reabertura de grande parte do comércio do Distrito Federal já na próxima segunda-feira, dia 11, está suspensa pela Justiça Federal. A decisão foi em resposta à ação conjunta proposta pelos Ministérios Públicos Federal, do Trabalho e do Distrito Federal, que pedia o fechamento de serviços não essenciais.
Mas o governador Ibaneis Rocha acredita que, nesta quinta-feira, esta decisão poderá ser revertida com a visita de representantes do Judiciário à sala de situação do governo, que traça estratégias de combate à Covid-19.
O governador informou que vai apresentar ao grupo medidas de reabertura do comércio e o plano de retomada gradual das atividades. Ibaneis argumentou que a decisão já é uma vitória, por ter negado os pedidos dos ministérios públicos para fechamento de serviços que já foram reabertos.
Os empresários também estão confiantes que a decisão da Justiça será revertida. O presidente da Federação do Comércio do DF, Francisco Maia, acredita que um decreto de reabertura possa ser publicado em breve.
Entre os argumentos para suspender de forma temporária o retorno do comércio no dia 11 de maio, a juíza Kátia Balbino, da 3ª Vara Cível, aponta que, com o crescente número de infectados e mortos, não seria uma boa opção flexibilizar. Lembrando que, no início da quarentena no DF, em 11 de março, eram dois casos confirmados e nenhuma morte.
Para a juíza, um exemplo que justifica a necessidade de cuidados com a flexibilização é o caso de Blumenau, em Santa Catarina. A cidade relaxou o isolamento, com reabertura de shoppings, e isso resultou em um crescimento expressivo de casos. Segundo ela, é mais fácil encontrar formas alternativas de reativar o comércio do que conviver com perdas de vidas.