Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi preso, na embaixada do Equador em Londres. Assista o vídeo!

O presidente do Equador, Lenin Moreno, anunciou a suspensão do asilo que concedia ao fundador do WikiLeaks.

Com a decisão, Julian Assange, fundador do WikiLeaks, foi preso nesta quinta (11) pela polícia da Inglaterra na embaixada do Equador, em Londres, onde estava refugiado desde 2012.

De acordo com Lenin Moreno, Assange violou inúmeras vezes os termos acordados para permanência na embaixada.

Moreno disse que Assange, 47 anos, não tinha o direito de “hackear contas privadas ou telefones” e não podia intervir na política de outros países, especialmente aqueles que têm relações amistosas com o Equador

Em 7 anos, fundador do Wikileaks nunca se arriscou a sair da embaixada equatoriana em Londres. 

Através de comunicado, Moreno disse ter recebido a garantia do governo britânico de que ele não seria extraditado para um país que autorize a pena de morte. É pouco provável que isso não aconteça, acreditam seus defensores.

O Departamento de Justiça dos EUA já emitiu um pedido de extradição contra o fundador do Wikileaks, por hackear computadores e vazar informações secretas dos EUA, sob pena de cinco anos de prisão.

O Wikileaks ganhou projeção no mundo em 2010, quando divulgou um vídeo mostrando soldados americanos atirando do alto de um helicóptero, no Iraque: 18 civis foram mortos. Logo depois, vazou cerca de 250 mil documentos confidenciais, expondo os bastidores da chamada Guerra ao Terror promovida pelo governo do então presidente George W. Bush.

Na campanha americana de 2016, já asilado na embaixada do Equador em Londres, Assange divulgou, na véspera da eleição, e-mails da campanha de Hillary Clinton obtidos pela invasão dos computadores do Comitê Nacional Democrata por hackers russos.