Julgamento do marco temporal será em junho de 2022

O julgamento do chamado “marco temporal” das terras indígenas será retomado apenas em junho de 2022. A informação consta na pauta divulgada pela Suprema Corte para o próximo ano.

O julgamento foi suspenso após pedido de vista feito pelo o ministro Alexandre de Moraes em 15 de setembro.

O caso começou a ser julgado pela Corte no dia 26 de agosto e analisa se demarcação de terras indígenas deve seguir o critério do marco temporal, pelo qual indígenas só podem reivindicar a demarcação de terras já ocupadas por eles antes da data de promulgação da Constituição de 1988.

Até o momento, a tese está empatada em 1 a 1. O relator do caso, ministro Edson Fachin, manifestou-se contra o marco. Para ele, a Constituição reconhece o direito de permanência desses povos independente da data de ocupação. Já o ministro Nunes Marques, que votou a favor, considerou que os interesses dos indígenas não se sobrepõem aos interesses da defesa nacional.

O processo analisado pelo STF começou em 2009, em Santa Catarina. A Procuradoria-Geral do Estado alega que, na época, cerca de 100 indígenas invadiram a área de reserva biológica do Sassafrás, em Itaiópolis. A área, segundo o governo estadual, é do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina. O estado foi à Justiça contra a Funai pedindo a reintegração de posse da área.

Categorias