Governadores de 19 estados divulgaram carta em resposta a publicações do presidente Jair Bolsonaro que demonstraram os valores que foram repassados ao estados para o combate a crise de saúde pública.
Os governadores disseram que os repasses são uma “obrigação constitucional” do governo federal e que a parcela efetivamente enviada para a área de saúde foi “absolutamente minoritária”.
“Mais uma vez, o governo federal utiliza instrumentos de comunicação oficial, bancados por gastos públicos, para produzir informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais”, diz a carta dos governadores.
Tão logo a carta foi divulgada, o Ministro da Comunicação, Fábio Faria foi às redes sociais para rebater as acusações feitas pelos governadores. “Os valores de repasses do Governo para os estados estão 100% corretos”, disse Faria
“Os valores estão claramente discriminados nas publicações e são referentes a todos os repasses para os estados: diretos (da União para os entes) e indiretos, como benefícios ao cidadão (Auxílio, Bolsa etc.) e suspensão de dívida. Não há o que contestar, não se briga com números”, afirmou o ministro.
Os 19 governadores que assinam a carta são:
- Renan Filho (MDB), Alagoas
- Waldez Góes (PDT), Amapá
- Rui Costa (PT), Bahia
- Camilo Santana (PT), Ceará
- Renato Casagrande (PSB), Espírito Santo
- Ronaldo Caiado (DEM), Goiás
- Flávio Dino (PCdoB), Maranhão
- Mauro Mendes (DEM), Mato Grosso
- Helder Barbalho (MDB), Pará
- João Azevedo (Cidadania), Paraíba
- Ratinho Júnior (PSD), Paraná
- Paulo Câmara (PSB), Pernambuco
- Wellington Dias (PT), Piauí
- Cláudio Castro (PSC), Rio de Janeiro
- Fátima Bezerra (PT), Rio Grande do Norte
- Eduardo Leite (PSDB), Rio Grande do Sul
- João Doria (PSDB), São Paulo
- Belivaldo Chagas (PSD), Sergipe
- Mauro Carlesse (DEM), Tocantins
Confira a lista dos valores repassados aos estados:
Acre: R$ 6,8 bilhões (só de Auxílio Emergencial, R$ 1,38 BI)
Alagoas: R$ 18,09 BI (Auxílio: R$ 5,46 BI)
Amazonas: R$ 18,5 BI (Auxílio: R$ 6,84 BI)
Amapá: R$ 6,7 BI (Auxílio: R$ 1,47 BI)
Bahia: R$ 67,2 BI (Auxílio: R$ 25,35 BI)
Ceará: R$ 42,5 BI (Auxílio: R$ 15,17 BI)
Distrito Federal: R$ 9,8 BI (Auxílio: R$ 3,45 BI)
Espírito Santo: R$ 16,1 BI (Auxílio: R$ 5,57 BI)
Goiás: R$ 27,1 BI (Auxílio: R$ 9,95 BI)
Maranhão: R$ 36 BI (Auxílio: R$ 11,8 BI)
Mato Grosso: R$ 15,4 BI (Auxílio: R$ 4,96 BI)
Mato Grosso do Sul: R$ 11,9 BI (Auxílio: R$ 3,71 BI)
Minas Gerais: R$ 81,4 BI (Auxílio: R$ 26,96 BI)
Pará: R$ 39,5 BI (Auxílio: R$ 14,71 BI)
Paraíba: R$ 21,2 BI (Auxílio: R$ 6,57 BI)
Paraná: R$ 38,6 BI (Auxílio: R$ 13,7 BI)
Pernambuco: R$ 42,7 BI (Auxílio: R$ 16,2 BI)
Piauí: R$ 19 BI (Auxílio: R$ 5,68 BI)
Rio de Janeiro: R$ 76 BI (Auxílio: R$ 24,94 BI)
Rio Grande do Norte: R$ 18,3 BI (Auxílio: R$ 5,55 BI)
Rondônia: R$ 8,6 BI (Auxílio: R$ 2,64 BI)
Roraima: R$ 5,1 BI (Auxílio: R$ 1,04 BI)
Rio Grande do Sul: R$ 40,9 BI (Auxílio: R$ 12,2 BI)
Santa Catarina: R$ 21,6 BI (Auxílio: R$ 7,22 BI)
Sergipe: R$ 12,9 BI (Auxílio: R$ 3,85 BI)
São Paulo: R$ 135 BI (Auxílio: R$ 55,19 BI)
Tocantins: R$ 10,5 BI (Auxílio: R$ 2,28 BI)
Fontes: Portal da Transparência/Localiza SUS/Senado Federal. Dados até 15 de janeiro de 2021