O ministro da Economia Paulo Guedes disse nesta sexta (10) que o apoio à Reforma da Previdência está aumentando não somente no Congresso Nacional, mas entre toda a sociedade brasileira.
Durante seu discurso ale foi direcionado a economistas, Guedes enfatizou que fez o debate em torno do tema se parecer com um jogo clássico de futebol.
“Na reforma da Previdência eu deixei mesmo o clima de Fla-Flu. É tudo ou nada”, declarou Guedes ao discursar durante o 31º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), no Centro do Rio, cujo principal tema de debate foi Previdência e macroeconomia.
Ao reiterar a urgência e a necessidade das mudanças previdenciárias, o ministro voltou a falar que o governo Temer deu um passo à frente rumo ao equilíbrio fiscal ao estabelecer um teto de gastos, mas criticou o fato de não terem sido erguidas “paredes” para segurá-lo.
“Por isso a urgência da reforma da previdência, porque é a mais galopante, a que cresce mais rápido e que vai explodir o teto”, reafirmou Guedes.
Guedes disse saber que há “corporativistas” investindo milhões para boicotar o projeto no Congresso Nacional. “Chega lá em Brasília, os caras estão gastando, dizem que até quase R$ 100 milhões, os corporativistas, para não deixar a reforma passar”, disse o ministro sem citar nomes
Guedes também voltou a falar do pacto federativo que, segundo ele, vai permitir a estados e municípios se reerguerem ao terem autonomia orçamentária.
“Nós vamos descentralizar a execução”, afirmou o ministro. Ele disse que o objetivo do pacto é “menos Brasília e mais Brasil”
Paulo Guedes criticou governadores e prefeitos que não querem se ver obrigados a seguir a reforma previdenciária. De acordo com o ministro, essa postura teria relação com os fundos de pensão que, segundo ele, somam mais de 280 e precisam acabar.
“O criador já morreu, os lobistas já morreram e o fundo ainda está lá”, criticou o ministro.