O chefe de Estado argentino, Javier Milei, declarou que não considera a dolarização da economia antes das eleições legislativas do próximo ano, marcando a primeira indicação de um cronograma para sua proposta mais ambiciosa durante a campanha.
“Não creio que chegaremos lá antes das eleições legislativas do ano que vem, mas o objetivo continua a existir” disse Milei à CNN en Espanol em entrevista que foi ao ar no domingo à noite.
Milei já havia afirmado que a dolarização ocorreria apenas após a reestruturação do balanço do banco central e a reforma do sistema financeiro nacional.
Adicionalmente, o presidente argentino mencionou que está trabalhando em uma reforma do sistema financeiro, que será um passo crucial para a eventual dissolução do banco central, outro elemento do plano econômico de sua campanha.
“Podemos fazer todas as reformas que quisermos, mas se deixarmos o banco central viver, mais cedo ou mais tarde, políticos delinquentes vão usá-lo para roubar o povo” disse Milei.
Embora não tenha fornecido detalhes sobre a reforma ou sua data de implementação, ele reiterou sua intenção de fechar a autoridade monetária em algum momento.
Milei criticou os políticos por saquearem os cidadãos “de forma grosseira e violenta”, aludindo à ideia de que a impressão descontrolada de dinheiro pelo banco central é responsável por colocar a inflação argentina entre as mais elevadas do mundo.