Torrando Reservas, BC vai intervir no câmbio. Segura o que vem por aí

Pela primeira vez sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, o Banco Central do Brasil atuará no mercado cambial nesta terça-feira. Na segunda-feira, o dólar americano encerrou o dia cotado a R$ 5,059, seu valor mais elevado dos últimos seis meses.

A autoridade monetária fará um leilão adicional de até 20 mil contratos de swap cambial, o equivalente a US$ 1 bilhão. No ano passado, o BC não colocou dinheiro novo no mercado, apenas promoveu a rolagem de linhas e do estoque de swaps cambiais.

Nos contratos de swap cambial, o Banco Central realiza uma operação que corresponde a uma venda de dólares no mercado futuro, assegurando que haja oferta para atender ao aumento da demanda pela moeda — que faz a cotação subir. Esse instrumento é usado pelo BC para evitar uma disfunção no mercado do câmbio.

Em nota, o BC informou que a medida será tomada para atender a uma demanda gerada pelo resgate do título NTN-A3, atrelado ao câmbio, previsto para 15 de abril.

O que acontece se o dólar subir muito?

A alta do dólar tem impacto na inflação — preocupação central do BC. Isso ocorre, porque diversos setores, com destaque para o agronegócio, têm custos dolarizados. Um deles é a importação de insumos e fertilizantes.

O dólar subiu em todo o planeta, após a divulgação de que a atividade industrial nos Estados Unidos ficou acima de 50 pontos pela primeira vez desde setembro de 2022. A barreira de 50 pontos separa expansão e encolhimento.

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