Trump pergunta se opositores pedirão desculpas por processo de impeachment

O presidente norte-americano, Donald Trump, divulgou a íntegra da transcrição de conversa telefônica com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, em 25 de julho.

Trump esta sendo alvo da abertura de um inquérito de impeachment nos Estados Unidos.

O diálogo entre Trump e o governante da Ucrânia foi o argumento utilizado pela presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, para anunciar a abertura do processo contra o chefe da Casa Branca.

“Foi uma violação das responsabilidades constitucionais. O presidente deve ser responsabilizado; ninguém está acima da lei”, afirmou Pelosi à imprensa nesta terça (24).

Na manhã desta quarta (25), através das redes sociais, Trump perguntou se seus opositores pedirão desculpas após divulgação da transcrição da conversa.

“Os democratas vão se desculpar depois de ver o que foi dito na ligação com o presidente ucraniano? Eles deveriam, uma ligação perfeita – peguei eles de surpresa!”, escreveu Donald Trump.

A situação gira em torno de um telefonema feito no dia 25 de julho, onde o presidente norte-americano, Donald Trump, conversou com o humorista Volodymyr Zelenskiy após uma vitória surpreendente na eleição presidencial da Ucrânia.

No entanto, a transcrição da ligação não aparenta revelar que Trump tenha pressionado o líder ucraniano a investigar sorrateiramente um adversário político, nem muito menos ameaçou cortar financiamento militar caso o filho de Biden não fosse investigado.

Na conversa, Trump pede para que Zelensky entrasse em contato com o procurador-geral dos EUA, William Barr, e também com Rudolph Giuliani, ex-prefeito de NY e advogado do Presidente.

Ao mencionar o nome do vice da era Barack Obama e atual candidato à Presidência dos EUA, durante a ligação telefônica, Trump falou:

“Ouvi dizer que você tinha um promotor muito bom e ele foi derrubado, e isso é realmente injusto. […] Fala-se muito sobre o filho de Biden, que [ex-presidente Joe] Biden parou a acusação e muitas pessoas querem descobrir mais sobre isso. O que você puder fazer com o Procurador-Geral [dos EUA, William Barr] seria ótimo.”

Durante o governo do ex-presidente Barck Obama, em março de 2016, um promotor ucraniano encerrou uma investigação sobre os negócios do filho de Biden, que atuou no conselho de uma empresa de gás ucraniana.

Durante uma reunião do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, em janeiro de 2018, Biden admitiu que pressionou o governo ucraniano a demitir um procurador-geral em poucas horas.

“Eu olhei para eles e disse: ‘Eu vou embora em seis horas. Se o promotor não for demitido, você não vai receber o dinheiro”, disse Biden na época.


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