Toffoli, Maia, Alcolumbre e Doria juntos em evento em Nova York. O que vai sair desse encontro?

O governador João Doria (PSDB) circulou na noite de segunda (13) em Nova York, fazendo questão de agradecer a cada um dos convidados no evento promovido pela Câmara de Comércio-Estados Unidos.

Estiveram presentes no evento a alta cúpula dos poderes do Brasil, ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o presidente do senado federal, Davi Alcolumbre e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Era nítida intenção de Doria de tentar assumir a posição do Presidente da República, Jair Bolsonaro, que decidiu receber o prêmio de Personalidade do Ano, em Dallas.

Nenhum dos ministros do governo Bolsonaro compareceu ao evento, devido o presidente Bolsonaro ter decidido não ir a Nova York, após as declarações intolerantes do prefeito da cidade.

O presidente de um dos Poderes que também esteve com investidores durante o dia, estimou que os estrangeiros teriam ficado “bem impressionados” com a presença dos presidentes do Senado, da Câmara e do STF, todos em Nova York para conversar com investidores. Mas questionado sobre as ausências de Bolsonaro e Guedes, ele desconversou.

Doria então não hesitou em tentar assumir o papel de protagonista no evento Nova York. 

Durante seu discurso, o governador tucado João Doria elogiou Toffoli e Maia e insistiu aos investidores que “a democracia está absolutamente sólida” e pediu que todos os convidados levantassem suas taças para “brindar pelo Brasil, pelos brasileiros e pelo desafio de fazer o país voltar a crescer”.

Rodrigo Maia provavelmente deve ter tido uma indestão, após saber da notícias que estavam correndo no mesmo dia no Brasil, em que na delação de um dos sócios da companhia aérea Gol, confirmou que pagou propina ao presidente da Câmara dos Deputados.

Apesar da parente boa vontade de Doria, em protagonizar o evento, que o próprio presidente Bolsonaro decidiu esvazia-ló, podemos categorizar a atitude do governador tucano, como uma gafe, para sermos minimamente generosos, porém fazendo justiça, Dória fez questão de enaltecer Bolsonaro e criticar  prefeito de Nova York, por ter feito de forma beligerante, boicote a presença do presidente Jair Bolsonaro na cidade ao qual ele temporariamente administra.

“Ele é o presidente eleito do Brasil. Pode gostar ou pode não gostar. Mas foi o presidente democraticamente eleito”, disse Doria ao prefeito de Nova York

Para este editorial, o presidente deliberadamente tomou a decisão de não estar especificamente neste evento, para não dar holofotes justamente as pessoas que estariam lá disfarçadas de amigos, inclusive os chefes dos poderes que vem sabotando de forma sistêmica o governo Bolsonaro.

A impresa ainda tentou manipular a opinião púbica tentando fazer parecer que Bolsonaro não compareceria ao evento, por estar com receio de protestos, o que é totalmente descabido.

O que todos devemos estar alertas é para esta cena em particular. Chefes da área legislativa e judiciaria brasileira, em circuito comercial, negociando sabe-se lá o que? interesses com investidores e empresários internacionais, em solo estrangeiro, função que institucionalmente não lhes cabe.

Vamos ficar de olho!