Temer diz que Bolsonaro deve admitir erro e propor um pacto

O ex-presidente Michel Temer disse em entrevista ao estadão, que o presidente Jair Bolsonaro, deveria liderar um pacto nacional entre todas as instâncias de poder para tentar conter a pandemia no Brasil. Segundo Temer, o novo lema do governo deveria ser, ‘unidos e vacinados’

Ao ser questionado sobre como seria esse pacto, Temer respondeu:

“Naturalmente, tudo isso tumultuou muito a vida dos brasileiros. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é sobre o que o presidente da República poderia fazer, aproveitando a oportunidade da mudança do ministro da Saúde e que ele (Marcelo Queiroga), por sua vez, fez declarações, aparentemente, concordando com o cumprimento dos protocolos que permitem a saúde da população. Vou dar aqui um palpite. Poderia chamar uma entrevista coletiva e dizer: ‘Olha aqui, vocês sabem que, ao longo do tempo, eu sempre combati esse isolamento social preocupado com a economia. Nós temos de conjugar a economia com a saúde. Com a vida do cidadão. E, evidentemente, como aumentou muito a pandemia, agora com essa P1, que é uma nova variante do vírus, eu vou ampliar o que já estou fazendo. Ou seja, vou comprar muitas vacinas. O governo está empenhado em comprar milhões e milhões de doses. Vou propor, realmente, concordar com a hipótese de eventual isolamento social. Vou também chamar novamente os governadores e o Congresso Nacional. Vamos todos trabalhar juntos e vamos patrocinar a vacinação. Na verdade, o mantra que agora vale é unidos e vacinados’.

Segundo Temer,  pacto do unidos e vacinados pode produzir essa ideia de pacificação do País.

“Claro. Até por uma razão. Eu sempre digo, a economia pode ir mal nesse momento. Mas ela se recupera. A vida você não recupera. Vai embora e não volta. Essa sugestão modesta que faço poderia pacificar um pouco o País. Com isso feito, ele terá uma unidade e dará a sensação de pacificação. O pacto do unidos e vacinados pode produzir essa ideia de pacificação do País”, disse.

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