O governo do estado de São Paulo anunciou hoje (11) um endurecimento das regras sanitárias para combater a crise de saúde pública. Chamada de ‘fase emergencial’, valerá entre os dias 15 e 30 de março.
Celebrações religiosas coletivas e atividades esportivas coletivas estão proibidas no período. As igrejas podem permanecer abertas, mas as missas e cultos estão vetados. No caso dos esportes, a medida atinge também os torneios profissionais.
Passa a ser obrigatório o trabalho remoto para atividades administrativas não essenciais tanto nos órgãos públicos e escritórios.
O toque de recolher será das 20h às 5h, além da proibição de uso de praias e parques, proibição de aglomerações de qualquer tipo e uso obrigatório de máscaras em ambientes externos e internos.
Há ainda a determinação do fechamento das escolas estaduais, e a orientação para escolas municipais e privadas a fecharem. No entanto, as estaduais poderão abrir para oferecer alimentação para os alunos.
As novas regras foram implantadas por conta da alta ocupação dos leitos hospitalares (acima de 85%) e pelo fato de haver mais de nove mil pessoas internadas em todo o estado, sendo que metade dos pacientes têm menos de 50 anos.
A ideia é que cerca de quatro milhões de pessoas deixem de circular durante o período, para conseguir atingir um nível de isolamento acima de 50%.
Ao abrir a coletiva, o governador de São Paulo, João Doria, afirmou que o “sistema de saúde está em iminente colapso” e que está “triste” por ter que anunciar as medidas tão restritivas.
“Eu, pessoalmente, estou bastante triste em anunciar o que temos que anunciar antes aqui mas a nossa prioridade desde março do ano passado foi e continua sendo preservar as pessoas, preservar vidas”, ressaltou.
O estado paulista é o que mais contabiliza casos e mortes em números absolutos, com a capital sendo a cidade do país com a maior quantidade de vítimas. Segundo o último boletim da secretaria de saúde, são 2.149.561 contágios confirmados e 62.570 óbitos .