A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos entregou ao Senado o processo de impeachment de Donald Trump, nesta segunda-feira (25), com a narrativa de ter incitado uma “insurreição de seus apoiadores” antes do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro.
A ação no Capitólio terminou com cinco mortos, incluindo um policial, e marcou o início do segundo processo de impeachment do republicano, o que serviu para corroborar com a narrativa.
Nove democratas da Câmara que atuarão como procuradores levaram o artigo de impeachment ao Senado, onde será o julgamento do ex-presidente.
Trump é o único presidente norte-americano a sofrer impeachment na Câmara duas vezes e será o primeiro a ser julgado depois de deixar a Casa Branca.
Embora o processo não possa mais resultar no impeachment de Trump, que completou seu mandato na última quarta-feira (20), os democratas estão confiantes que resultará na desqualificação do ex-presidente para ocupar um novo cargo político no futuro. Em seu último discurso antes da posse de Biden, Trump disse que voltaria de alguma maneira.
O Senado dos EUA está dividido igualmente entre democratas e republicanos, mas a vantagem é do partido de Joe Biden, já que a vice-presidente, Kamala Harris, também é presidente da Casa e responsável por desempatar votações. Para concluir o processo de impeachment é necessário 67 dos 100 votos dos senadores, ou dois terços da Casa.