A ministra da Agricultura, Tereza Cristina que está em missãona Rússia, reuniu-se nesta quarta (17) com autoridades e empresários da Rússia, em Moscou, para falar sobre o fornecimento de fertilizantes para o Brasil.
Todos teriam garantido que não deixarão de cumprir os contratos de entrega dos produtos ao país, havendo inclusive possibilidade de aumentar o volume de exportações.
“Tivemos aqui a garantia, tanto do governo russo quanto das empresas de fertilizantes, de que nós não teremos problemas com a entrega de fertilizantes, tanto de potássio quanto dos fosfatos”, disse Tereza Cristina.
A ministra também disse que a Rússia irá estabelecer parceria com o Brasil para exportação de carne com tarifa zero de importação por seis meses.
De acordo com o ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, serão 200 mil toneladas de carne bovina e 100 mil toneladas de carne suína. A tarifa de importação hoje, até 530 mil toneladas, é de 15%.
O objetivo da viagem da ministra é abrir negociação com os principais fornecedores de fertilizantes, produto essencial para a produção agropecuária que enfrenta restrições na oferta mundial.
Produção de fertilizantes na Rússia
A Rússia representa cerca de 20% do total de fertilizantes importados pelo Brasil. Recentemente, o governo russo anunciou restrições às exportações de fertilizantes nitrogenados por meio de cotas de exportação pelo período de seis meses a partir de 1º de dezembro, com o objetivo de evitar escassez no mercado interno.
Exportações de carne
Tereza Cristina também se reuniu em Moscou com o chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Sergey Dankvert, que garantiu a realização de uma visita de inspeção ao Brasil, ainda no primeiro trimestre de 2022, o que possibilitará a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação.
O governo russo anunciou que abrirá uma cota de 300 mil toneladas de carne (200 mil toneladas de carne bovina e 100 mil toneladas de carne suína) com tarifa zero de importação por seis meses, mercado que pode ser utilizado pelo Brasil. A tarifa de importação hoje, até 530 mil toneladas, é de 15%.
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