A atriz Regina Duarte assumiu a Secretaria Nacional de Cultura com a missão de pacificar a relação com o setor artístico nacional. Um mês e meio após o início das conversas entre a atriz e o presidente Jair Bolsonaro, Regina Duarte tomou posse na secretaria nesta quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto.
No discurso, Regina destacou que pretende manter um diálogo permanente com o setor cultural.
“Meu propósito aqui é pacificação e diálogo permanente com o setor cultural, com os estados e municípios, com o parlamento e com os órgãos de controle. É que a cultura é um dos principais pilares do desenvolvimento econômico e social do país. A cultura é uma tivo que gera emprego, renda, inclusão social, impostos, acessibilidade e educação”.
Ao empossar a atriz, o presidente Jair Bolsonaro disse ter achado a pessoa certa para a função.
“Nas últimas décadas a cultura representou algo para nós que, em muitos momentos, não era aquilo que a grande maioria do povo queria. E, na minha cabeça de humilde capitão do Exército brasileiro, estava patente que essa não era a cultura que realmente devia ser desenvolvida com dinheiro público no Brasil”.
Bolsonaro disse ainda que Regina Duarte poderá valorizar a Lei Rouanet que, segundo o presidente, foi mal usada no passado.
Regina Duarte é a terceira secretária da Cultura nomeada no atual governo. Ela entra no lugar de Roberto Alvim, dramaturgo do teatro que acabou exonerado após divulgar um vídeo para anunciar o lançamento do Prêmio Nacional das Artes. A peça continha trechos que remetem a um discurso do ministro da propaganda nazista. Na época, Bolsonaro disse que o pronunciamento infeliz tornou insustentável a permanência de Alvim.
O primeiro titular da pasta, Henrique Pires, foi exonerado em agosto do ano passado ao não concordar com a suspensão de um edital para selecionar obras com temática LGBT. Durante as trocas de secretários, a pasta foi ocupada pelo secretário adjunto da Cultura, José Paulo Martins.