O presidente russo, Vladimir Putin, chegou a Pequim para o início de uma visita de Estado de dois dias. A viagem visa estreitar laços com o líder chinês Xi Jinping, enquanto as tropas russas avançam na Ucrânia.
A visita – a primeira viagem de Putin para o exterior desde que entrou em um novo mandato como presidente da Rússia na semana passada – é o mais recente sinal do aprofundamento das relações à medida que os dois unem seus países diante das críticas do Ocidente.
Putin desembarcou na capital chinesa horas depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta quarta-feira (15) que iria interromper todas as viagens internacionais devido aos avanços da Rússia na região nordeste de Kharkiv.

A guerra, bem como o conflito em Gaza, devem ser tema das reuniões de Xi e Putin, além de discussões sobre a expansão dos laços comerciais, de segurança e de energia.
Antes da viagem, Putin saudou o “nível sem precedentes de parceria estratégica” entre os países em uma entrevista com a mídia estatal chinesa Xinhua.
Ele disse que os líderes visam “fortalecer a coordenação da política externa” e aprofundar a aliança na “indústria e alta tecnologia, além de usos pacíficos da energia nuclear, inteligência artificial, energia renovável e outros setores de inovação.”

O líder russo também elogiou as “abordagens da China para resolver a crise na Ucrânia.” Pequim nunca condenou a invasão da Rússia, mas afirma neutralidade no conflito e pediu negociações de paz que levem em conta as posições de ambos os lados.
Os dois líderes – que declararam uma parceria “sem limites” semanas antes da invasão de fevereiro de 2022 – continuaram a fortalecer os laços diplomáticos, comerciais e de segurança desde a invasão russa na Ucrânia.
Ambos se veem como parceiros-chave para reformular a ordem mundial que segundo eles é comandada pelos Estados Unidos.
O comércio entre as duas economias aumentou na esteira da guerra, atingindo níveis recordes no ano passado.

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