A medida foi tomada após uma reunião com a participação de procuradores do norte do país em Brasília.
A procuradora explicou que será aberto um inquérito para investigar as queimadas na Amazônia. Segundo Dodge, há indícios que os incêndios foram uma ação orquestrada.
Ao deixar a reunião com Raquel Dodge, o Subprocurador Geral da República, Nivio de Freitas, coordenador da Câmara de Meio Ambiente, destacou que além do poder público, as organizações não governamentais têm papel fundamental na preservação do meio ambiente.
O procurador da República Joel Bogo, integrante da Força Tarefa Amazônia, que participou da reunião, disse que as queimadas são um reflexo do aumento do desmatamento ilegal. Ele afirma que há atuação de vários grupos ligados a organizações criminosas.
Nesta segunda-feira, Raquel Dodge pediu ao Supremo Tribunal Federalque parte do dinheiro do fundo da Lava Jato, resultado de um acordo da Petrobras com autoridades dos Estados Unidos, seja destinado para o combater as queimadas na Amazônia.
O dinheiro está bloqueado em uma conta na Caixa Econômica por decisão tomada em março pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Raquel Dodge pede que R$ 1,2 bilhão seja encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente, sendo R$ 200 milhões para medidas de contingenciamento e R$ 1 bilhão para o financiamento de ações de proteção ambiental.
Segundo a procuradora-geral, o restante R$ 1,3 bilhão deve ser destinado à educação, como previsto anteriormente.