PGR pede suspensão do porte e apreensão de arma de Deputada Carla Zambelli

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu nesta segunda (19) ao STF a suspensão do porte e a apreensão da arma e munições da deputada federal Carla Zambelli (PL).

O pedido foi feito no caso em que a deputada sacou uma arma, apontou para um homem e o perseguiu armada nos Jardins, área nobre de São Paulo, na véspera das eleições.

O relator de um dos pedidos de investigação contra a deputada no Supremo é o ministro Gilmar Mendes.

Não há prazo para decisão.

A PGR afirma que medidas cautelares são necessárias diante do delito de porte ilegal de arma e “tendentes a evitar a prática de infrações penais desse mesmo jaez, seja mediante a suspensão do direito ao porte de arma, seja mediante a entrega voluntária, seja ainda pela via da busca e apreensão pessoal ou domiciliar do armamento utilizado para cometer o delito”.

Segundo a vice-procuradora-geral, “o tensionamento político atual, a iminente transição pacífica de poder e o porte indevido da arma de fogo para suposto exercício do direito de defesa da honra revelam que a suspensão cautelar do porte e a apreensão da arma de fogo são medidas suficientes para coibir a reiteração do delito investigado e resguardar a ordem pública”.

A PGR requer ainda que seja dado prazo de 60 dias para que sejam iniciadas as tratativas para um acordo de não-persecução penal no caso.

A PGR entendeu que o crime de ameaça não pode ser considerado porque depende de uma representação da vítima, o que não foi feito.

Pelo acordo de não persecução, acusados de crimes com penas de até 4 anos de reclusão deixam de responder a processo e não serão julgados, não correndo o risco de serem presos, se confessarem a prática do delito ainda durante a fase inicial de investigação policial. O acordo só vale caso os crimes tenham sido cometidos sem violência.

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