PF defende que Abin assuma segurança de votos extraídos das urnas eletrônicas

Relatório é de 2018, mas foi enviado apenas nesta semana ao Senado e aos tribunais eleitorais

Em relatório encaminhado ao Senado, a Polícia Federal defendeu que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) seja responsável pela segurança na transmissão dos resultados extraídos das urnas eletrônicas.

Atualmente, essa transferência de dados é desenvolvida e mantida por uma empresa terceirizada, contrata pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Alexandre Ramagem é diretor-geral da Abin e chegou a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, em abril de 2020, para ser diretor-geral da PF. Na época, a nomeação foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso a recomendação seja acatada, a Abin irá aumentar sua participação nos processos eleitorais. O órgão, vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional, já é responsável por fornecer uma criptografia e por parcerias com o TSE relacionadas à segurança das eleições.

SESSÃO SENADO

A recomendação da Polícia Federal envolvendo a Abin foi alvo de questionamentos durante uma sessão temática no Senado no último dia 27 sobre apuração e totalização de votos nas eleições. Maiurino foi representado pelo delegado Luís Flávio Zampronha, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF.

Na ocasião, o senador Espiridião Amin (PP-SC), que apresentou o requerimento para a sessão, perguntou ao delegado se a recomendação havia sido atendida.

“Este foi o último relatório elaborado pela PF em relação às análises dos códigos-fontes dos sistemas eleitorais do TSE. Não recebemos o feedback do TSE sobre quais recomendações foram atendidas”, respondeu Zampronha.

TSE

O juiz federal auxiliar do TSE Sandro Nunes Vieira disse, em audiência no Senado, que a instituição utiliza os serviços terceirizados de uma empresa, contudo toda a administração, inteligência, desenvolvimento, teste e aprovação passam pelo corpo técnico do tribunal.

“A PF disse que [o serviço de segurança relacionado aos resultados extraídos das urnas] deveria sair da empresa. O protagonismo é do TSE. Essa é a resposta para a recomendação da PF”, afirmou o juiz.

Fonte:R7

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