Os gastos militares globais no último ano aumentaram 2,6% em comparação com os números de 2019, atingindo US$ 1,98 trilhão (R$ 10,85 trilhões), conforme documento publicado na noite deste domingo (25) pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI).
Os gastos militares mundiais sobem para quase US$ 2 trilhões em 2020, de acordo com novos dados publicados hoje pelo SIPRI.
Na liderança do ranking de países com maiores orçamentos militares estão Estados Unidos, China, Índia, Rússia e Reino Unido. Juntas, essas nações foram responsáveis por 62% dos gastos com defesa em 2020. Os EUA, líderes absolutos, aumentaram em 4,4% seus gastos, com valores estimados em US$ 778 bilhões (R$ 4,26 trilhões).
O levantamento destaca que esse aumento nos gastos militares mundiais ocorreu em um ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) global encolheu 4,4%, segundo projeção do Fundo Monetário Internacional. Como resultado, os gastos com defesa alcançaram uma média global de 2,4% do PIB no último ano, contra 2,2% no ano anterior. Esse foi o maior aumento anual desde a crise financeira e econômica global em 2009.
Embora esses gastos tenham aumentado globalmente, alguns países, como Coreia do Sul e Chile, realocaram explicitamente parte de seus gastos militares planejados para a resposta à pandemia. Muitos outros, incluindo Brasil e Rússia, gastaram consideravelmente menos do que previam seus orçamentos militares iniciais para 2020, destaca o instituto.
“Podemos dizer com alguma certeza que a pandemia não teve um impacto significativo nos gastos militares globais em 2020”, afirmou o especialista Diego Lopes da Silva, pesquisador do Programa de Despesas Militares e de Armas do SIPRI, citado pela instituição.
Na proposta de orçamento para 2021, o governo do presidente Jair Bolsonaro decidiu aumentar os investimentos previstos para as Forças Armadas
O governo federal decidiu aumentar a alocação de recursos para projetos das Forças Armadas em 2021.
De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado ao Congresso, o Ministério da Defesa deve receber ao todo R$ 116 bilhões no próximo ano (incluindo despesas financeiras, sendo R$ 110,7 bilhões de despesas primárias), dos quais R$ 8,17 bilhões serão utilizados em projetos prioritários, R$ 1,47 bilhão a mais do que em 2020.
Marinha Chinesa incorpora três navios de guerra em um só dia
O presidente chinês Xi Jinping, participou da cerimônia de inauguração de três navios da Marinha Chinesa, o Changzheng-18, o Dalian e o Hainan.
Especialistas militares chineses disseram que o Changzheng-18 é o último tipo de submarino nuclear estratégico Type 094, o Hainan o primeiro navio de assalto anfíbio Type 075 e o Dalian um grande destróier Type 055.
Isso mostra que a ciência e a tecnologia de defesa nacional da China passaram por grandes mudanças e são líderes mundiais. Até agora, nenhum outro país colocou em serviço três tipos diferentes de grandes navios de guerra principais ao mesmo tempo, exceto a China.
China construiu a maior marinha de guerra do mundo
Em 2018, o presidente chinês Xi Jinping vestiu uniforme militar e embarcou em um destróier da Marinha do Exército de Libertação Popular no Mar da China Meridional.
“A tarefa de construir uma marinha poderosa nunca foi tão urgente como hoje”, disse Xi naquele dia.
Em 2015, a Marinha do Exército de Libertação do Povo (PLAN) tinha 255 navios da força de batalha em sua frota, de acordo com o Escritório de Inteligência Naval dos Estados Unidos (ONI).
Ao final de 2020, tinha 360, 60 a mais que a Marinha dos Estados Unidos, segundo previsão do ONI.
Daqui a quatro anos, o PLA Navy terá 400 navios da força de batalha, prevê o ONI.
O poder dos mísseis
Os líderes militares dos EUA também estão cientes de que em 2021 a Marinha do PLA é muito mais do que navios.
“Dê uma olhada no que a China está realmente investindo”, disse o chefe de operações navais dos EUA, almirante Mike Gilday
“Sim, eles estão colocando mais navios na água, mas estão investindo pesadamente em mísseis antinavio, bem como em sistemas de satélite para poder atingir os navios.”
“Uma fonte exorta as forças navais a “controlar os principais canais estratégicos longe da China. Outra fonte defende o emprego de “punhos” estratégicos formados em torno de porta-aviões. …Outra missão em tempo de guerra é atacar os nós (chokepoints) importantes e alvos de alto valor nas profundezas estratégicas do inimigo para ‘aliviar a pressão no campo de batalha do mar próximo’”.
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