O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou nesta sexta (19) uma carta à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, com um pedido de socorro ao Brasil nas ação ao combate da crise de saúde pública.
O documento foi protocolado na Embaixada dos EUA pela senadora Kátia Abreu (PP-TO).
O objetivo é que o país conceda uma “autorização especial para a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem previsão de utilização”.
De acordo com o presidente do Senado, o “compartilhamento de estoque, caso autorizado, daria impulso decisivo ao esforço de imunização dos 210 milhões de brasileiros”.
“Tenho a honra de me dirigir a vossa excelência, em nome do Congresso Nacional, o pleito de que seja considerada, pelas autoridades norte-americanas competentes, a eventual concessão de autorização especial que permita a aquisição, pelo governo brasileiro, de doses de vacina estocadas nos EUA e ainda sem a previsão de serem utilizadas localmente”, disse Pacheco.
Pacheco também se manifestou sobre um possível decreto do Presidente Bolsonaro para colocar em vigor o “estado de sítio” no Brasil.
Não é a primeira vez que um representante de Poder que não o chefe do Executivo interfere em assuntos internacionais. Em 20 de janeiro, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), procurou o embaixador da China, Yang Wanming, para tentar garantir que a nação asiática mandasse insumos para fabricação do medicamento por aqui.
O Senado divulgou uma moção de apelo pedindo ajuda internacional para o Brasil lidar com o avanço da crise saúde de públcia. No texto, aprovado por unanimidade entre os senadores, há diversos alertas. Um deles é que o Brasil se tornou o epicentro mundial da pandemia, superando, nessa semana, “a alarmante média móvel de 72 mil novos casos e mais de 2 mil óbitos por dia”. Os dados foram confirmados pela Organização Mundial de saúde.
Senadores destacam no texto, ainda, que as fronteiras entre os países nem sempre protegem a propagação do vírus e o surgimento de variantes. “A única defesa é a cooperação internacional, com a vacinação urgente de nossa população”, destaca o documento.
“Deixar que o povo brasileiro continue a morrer sem vacinas significa uma agressão a todas as tradições humanas. É o oposto de tudo o que a civilização representa. (….) Impõe o medo e compromete a tranquilidade e segurança de todos os países. Em todos os momentos dramáticos da história do mundo o Brasil deu sua contribuição. Agora, precisamos contar com a comunidade internacional, em especial dos países produtores de vacinas, bem como dos detentores de estoques estratégicos”, continua a moção.
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