OTAN vê poderio militar da China como ‘desafiador’ pela primeira vez

A Otan alertou, nesta segunda (14), sobre os “desafios sistêmicos” apresentados pela China e pediu à Rússia que respeite as normas internacionais, em uma cúpula que marcou o reencontro com os Estados Unidos.

O relatório “Otan 2030” contém 138 propostas.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que a ascensão da China cria “desafios importantes para a nossa segurança”.

“A China não é mais a parceira comercial benigna que o Oeste um dia desejou. É a potência emergente de nosso século, e a Otan precisa se adaptar”, disse um diplomata da Otan que viu o relatório, apontando para a atividade chinesa no Ártico e na África e aos investimentos pesados da China em infraestrutura na Europa. 

Em nota foi apontafo categoricamente que “as ambições da China” e seu comportamento representam “desafios sistêmicos para a ordem internacional baseada em regras”.

“Pedimos à China que respeite seus compromissos internacionais e que atue com responsabilidade no sistema internacional, incluindo nos domínios espacial, cibernético e marítimo”, expressou a Otan na declaração.

A “crescente influência da China (…) pode representar desafios que precisamos enfrentar juntos, como uma aliança. Nós enfrentamos cada vez mais ameaças cibernéticas, híbridas e assimétricas”, afirmam os líderes.

Durante o enconteo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) A chanceler Angela Merkel disse que é precisa encontrar o equilíbrio certo para lidar com a China, sem subestimar nem superestimar o país

“Se você olhar para as ameaças cibernéticas e as ameaças híbridas, se olhar para a cooperação entre a Rússia e a China, não podemos simplesmente ignorar a China”, disse Merkel a repórteres.  “Mas também não se deve superestimá-lo – precisamos encontrar o equilíbrio certo.”

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