No Pará voluntários de ONGs foram presos acusados de participação em incêndios criminosos

Quatro pessoas foram presas preventivamente, nesta terça (26), durante a operação “Fogo do Sairé”, da Polícia Civil do Pará.

A ação faz parte da primeira fase das investigações que apuram a origem dos incêndios que atingiram o equivalente a 1000 campos de futebol, entre os dias 14 e 17 de setembro deste ano, em uma Área de Proteção Ambiental no município de Santarém, oeste do estado.

Os detidos são ligados à Organização Não Governamental Brigada de Incêndio de Alter do Chão.

O diretor de Polícia do Interior, Delegado José Humberto Mello Júnior, afirma que provas como interceptações telefônicas indicam o envolvimento dos acusados.

“Eles iniciavam alguns incêndios e depois atuavam no combate desses incêndios. Só que eles filmavam e vendiam as imagens para ONGs internacionais, que, de boa-fé, diga-se passagem, financiavam eles em alguns projetos”.

Segundo o delegado, a polícia não conseguiu localizar a suposta quantia recebida e qual foi a destinação dela.

Além dos quatro mandados de prisão preventiva, os policiais apreenderam computadores, HDs e telefones celulares.

Por meio de nota, a Brigada de Alter afirma que atua no apoio ao combate a incêndios florestais desde 2018, com brigadistas voluntários empenhados diariamente em proteger a Área de Proteção Ambiental, em paralelo às suas atividades profissionais e pessoais – sempre ao lado do Corpo de Bombeiros.

A nota afirma que os membros e apoiadores da Brigada estão em choque com a prisão de pessoas que dedicam parte de suas vidas à proteção da comunidade e estão certos de que qualquer que seja a denúncia, ela será esclarecida e a inocência da Brigada e seus membros devidamente reconhecida.

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