O ministro do STF Alexandre de Moraes decidiu hoje (11) prorrogar, por 90 dias os dois inquéritos.
Relator dos dois casos, Moraes deu prazo extra às investigações:
- sobre suposta interferência política de Bolsonaro no comando da Polícia Federal;
- sobre uma suposta milícia digital que teria atuado contra a democracia e o Estado democrático de direito.
As duas investigações estão a cargo da Polícia Federal. No caso da ‘milícia digital’, a delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro já havia pedido a prorrogação ao STF na última semana.
Já no inquérito sobre a suposta interferência presidencial na PF, Moraes determinou na quinta (7) que a PF tem 30 dias para colher o depoimento do presidente.
A apuração sobre interferência na PF foi prorrogada pela quarta vez.
‘Milícia digital’
A PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito e que se articularia em núcleos de produção, publicação, financiamento e político. Outra suspeita é de que esse grupo tenha sido abastecido com verba pública.
A investigação se concentra em descobrir:
- se esses produtores de conteúdo recebem doações,
- como fazem a monetização dos canais e
- se eles tinham conhecimento ou não de fraudes no sistema do TSE.
Interferência na PF
A apuração foi aberta depois que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ao deixar o governo, acusou Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na autonomia da Polícia Federal, solicitando relatórios de inteligência e pedindo trocas no comando da corporação.
Fonte: O Globo