O ministro do Superior Tribunal de Justiça, Leopoldo de Arruda Raposo, negou nesta quarta-feira (30), pedido de liberdade feito pela defesa dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha Matheus.
O casal foi detido também nesta quarta (30), em seu apartamento, no bairro do Flamengo, na zona sul da capital fluminense.
As prisões foram decretadas pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em processo no âmbito da operação Domus, que investiga o envolvimento de Garotinho e Rosinha em um esquema de superfaturamento de cerca de R$60 milhões, em contratos para a construção de casas populares, celebrados entre a Prefeitura de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, e a construtora Odebrecht, entre 2008 e 2013. Na época, Rosinha era a prefeita de Campos e Garotinho secretário Municipal.
Por dois votos a um, os desembargadores do colegiado atenderam a pedido do Ministério Público Estadual, que alega que o casal está interferindo nas investigações, inclusive ameaçando testemunhas.
Garotinho e Rosinha já tinham sido presos preventivamente na Operação Domus, no dia três de setembro, mas foram libertados no dia seguinte, por habeas corpus concedido pelo desembargador Siro Darlan, no Plantão Judiciário.
A defesa do casal afirma que a ordem de prisão para é ilegal e arbitrária, pautada apenas em suposições e conjecturas genéricas, sobre fatos que supostamente teriam ocorrido ente 2008 e 2013.
Esta é a quinta vez que Garotinho é preso, Já Rosinha foi detida pela terceira vez.
As prisões foram decretadas em diferentes processos criminais e eleitorais. Sobre as acusações, o casal se diz inocente e vítima de perseguição.