Macron reduz impostos na França após manifestações dos ‘coletes amarelos’

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta (25) uma série de medidas fiscais e econômicas, após as diversas manifestações dos já conhecidos “coletes amarelos”, iniciada no país no ano passado e que vem cobrando mudanças do governo francês

Entre as principais medidas adotadas pelo presidente da França, estão:

• Redução do imposto de renda, que pode diminuir a arrecadação em 5 bilhões de euros;
• Vinculação das aposentadorias mais baixas à inflação;
• Bônus de até 1 mil euros a assalariados que ganham até 3,6 mil.
• Simplificação das convocações de referendos nacionais;
• Nenhum fechamento de hospitais ou escolas até 2022;
• Maior descentralização das competências do poder entre os territórios na França;
• Criação de um Conselho de Participação Cidadã, que, em um primeiro momento, abordará a transição ecológica.

Macron reconheceu que o governo precisará trabalhar mais e gastar menos para compensar a menor arrecadação com os impostos e o aumento dos gastos com aposentadorias e bônus.

“Não quero aumentos de impostos, e quero uma redução para os que trabalham, reduzindo significativamente os tributos sobre a receita”, declarou Macron.

O presidente Francês defendeu políticas duras contra a imigração ilegal na Europa, um dos tema que os manifestantes também questionam e solicitam mudanças no país. O presidente disse que deseja uma Europa “forte” que proteja as fronteiras, mas que saiba selecionar os requerentes de asilo realmente em perigo em outros países.

“Para podermos dar boas vindas, precisamos ter uma casa. Então, temos de ter fronteiras que sejam respeitadas, precisamos de regras”, afirmou Macron.

Os protestos dos “coletes amarelos” eclodiram em toda a França em novembro de 2018. Após sua criação, a cada sábado milhares de franceses tomam as ruas para protestar contra diversos temas, principalmente contra o alto custo de vida no país.