A partir da próxima segunda-feira (6), os juros do cheque especial vão cair pela metade, de mais de 300% ao ano para, no máximo, para 151,8% ao ano. A decisão de reduzir os juros do cheque especial partiu do Conselho Monetário Nacional (CMN). O objetivo é exatamente corrigir falhas de mercado e evitar que a população mais pobre tenha dívidas difíceis de pagar.
Mesmo com a redução, o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, alerta que essa forma de crédito fácil continua sendo cara demais.
Mas atenção. A redução de juros que entra em vigor no dia 6 não vai beneficiar todos os clientes. Só vai valer para os novos contratos. Os contratos em vigor só serão afetados a partir do dia 1º de junho. O banco precisa divulgar as novas regras do cheque especial.
Outra mudança é que quem tiver limite de até R$ 500, fica isento de tarifa. Mas quando for maior que esse valor, o cliente terá que pagar os juros mais uma tarifa que será de 0,25% sobre a diferença.
Por exemplo: se o seu limite for de 800 reais, a diferença é de 300 reais. A tarifa será de 0,25% em cima desses 300 reais, o que corresponde a 75 centavos, além dos juros.
Agora, se, na virada do ano, você prometeu se livrar das dívidas em 2020, o economista Pedro Raffy Vartanian aponta uma luz no fim do túnel.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) também incluiu o cheque especial na portabilidade de crédito. Ou seja, será possível transferir a dívida para um banco com juros mais baixos, mantendo as demais condições da linha de crédito. A portabilidade vale a partir do mês de abril.