Israel anunciou no domingo que mobilizará duas brigadas adicionais para operações em Gaza, conforme informou o exército.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) declararam que mais reservistas são necessários na linha de frente “para defender o Estado de Israel e garantir a segurança de seus cidadãos”.
Uma semana após a retirada da maioria de suas forças terrestres do enclave palestino, o exército israelense se prepara para uma missão em Rafah. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfrenta pressões de seus parceiros de coalizão para enviar tropas terrestres à cidade fronteiriça com o Egito, onde se estima que 1,3 milhão de palestinos estejam concentrados. Os Estados Unidos, um dos principais fornecedores de ajuda militar a Israel, manifestaram preocupações sobre as possíveis baixas civis significativas que uma operação em Rafah poderia causar.
Dentro do governo israelense, incluindo o próprio Netanyahu, há um consenso de que Israel não conseguirá alcançar seu principal objetivo de derrotar o grupo militante palestino Hamas sem entrar em Rafah.
O anúncio de mobilização adicional segue após a assistência ocidental ajudar as forças israelenses a repelir uma ofensiva de drones e mísseis iranianos. O ataque iraniano foi uma retaliação ao bombardeio de seu consulado em Damasco em 1º de abril, atribuído a Israel. As IDF relataram que, em colaboração com seus aliados, interceptaram cerca de 99% dos projéteis iranianos.
O porta-voz das IDF, Daniel Hagari, ao comentar sobre o ataque iraniano, reafirmou que as forças israelenses “não perderam de vista” seus objetivos em Gaza. “Hamas e Irã querem incendiar o Oriente Médio e escalá-lo”, disse ele.
As tensões em Gaza foram intensificadas por uma incursão do Hamas no sul de Israel em outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e na tomada de dezenas de reféns. Em retaliação, mais de 33.000 palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças, segundo autoridades de saúde locais.