Governo prepara medida provisória para contratar servidores aposentados e reduzir fila no INSS

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, anunciou, nesta terça-feira, a demissão do presidente do INSS, Renato Rodrigues Vieira, que, segundo Marinho, pediu afastamento do cargo para desenvolver projetos pessoais. O secretário de Previdência, Leonardo Rolim, assume interinamente o cargo.

Rogério Marinho disse que a prioridade agora não é indicar um novo presidente do instituto, mas editar uma medida provisória para contratar servidores públicos civis do INSS, para acelerar o atendimento ao público. São pessoas que já trabalharam no órgão como concessores de benefícios.

Todos os meses, o INSS recebe quase um milhão de pedidos de benefício. Marinho avalia que, quando todos os trabalhadores temporários entrarem em atividade, será possível regularizar os processos em até quatro meses.

De acordo com Rogério Marinho, dos sete mil servidores do INSS que se aposentaram no ano passado, cerca de 1.500 atuavam como concessores de benefícios. O objetivo é que eles e outros, que se aposentaram antes, possam voltar à ativa para ajudar na concessão dos benefícios que estão acumulados. A expectativa do governo é de que essas contratações custem de R$ 13 a 15 milhões por mês.

Há duas semanas, o secretário já havia anunciado a contratação de sete mil militares, com adicional de até 30% no salário. Agora, o plano ainda é contratar sete mil trabalhadores, mas compondo esse grupo com civis e militares, que vão atuar no atendimento nas agências do INSS e na concessão dos benefícios. Os civis também devem receber bônus de até 30%.

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