A Marinha do Brasil formaliza amanhã (05/03) o contrato de R$ 9,1 bilhões da compra de quatro avançadas fragatas da nova classe Tamandaré.
O primeiro contrato da área militar do governo Jair Bolsonaro avaliado em R$ 9,1 bilhões será anunciado pela Marinha do Brasil formalizando assim a compra de quatro fragatas da nova classe Tamandaré.
O contrato é formado pela alemã Thyssenkrupp Marine System, associada com as brasileiras Atech e Embraer Defesa e Segurança, diz o Estadão.
A produção será feita em Itajaí, em Santa Catarina, com previsão de entrega da primeira fragata em 2024. Os novos modelos devem substituir as atuais fragatas da classe Niterói, em uso há 40 anos.
A cerimônia de assinatura será um evento técnico, no Arsenal do Rio de Janeiro e o próximo passo será à elaboração do projeto executivo e vai exigir um ano de adequações e estudos antes do início da construção da flotilha.
Ontem (02/03), o comando da força decidiu que os navios passam a ser designados como fragatas. A plataforma de referência é a família Meko A100, da Thyssenkrupp, com alterações.
As fragatas são máquinas de guerra sofisticadas, lançadoras de mísseis e torpedos pesados. Incorporam recursos stealth, de redução de visibilidade ao radar, no desenho e no revestimento. Deslocam cerca de 3.500 toneladas e medem 107 metros. Levam apenas 136 tripulantes, mais um helicóptero, capaz de realizar operações antissubmarino, e um drone, veículo não tripulado de uma nova geração, com capacidade para pouso e decolagem verticais.
Os mísseis antiaéreos Sea Ceptor, com 25 km de alcance, são disparados por lançadores verticais. Os mísseis antinavio do tipo Exocet, europeus, e os nacionais Mansup, atualmente na campanha final de testes, tem alcance entre 70 km e 180 km.
A força de fragatas atualmente em uso tem cerca de 40 anos. São da classe Niterói, de 3,2 mil toneladas, compradas no Reino Unido durante o governo do general Ernesto Geisel, e modernizadas ao menos duas vezes nesse período.
O contrato é amplo, tem cláusulas de compensações comerciais e de transferência de tecnologia em todas as áreas e fases. A primeira fragata terá cerca de 32% de índice de nacionalização. Os três navios seguintes terão 41,5%.
A Marinha estimam que o projeto vai gerar 2 mil empregos diretos e mais 4 mil indiretos em Itajaí e em toda a rede nacional de fornecedores.
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