Guedes: ‘EUA e Europa tinham de se olhar no espelho’

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 12, que os Estados Unidos e a Europa precisam se olhar no espelho, em relação às medidas de ajustes fiscais. O ministro está em Washington, onde participa das reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

“Eu acho que eles deveriam se olhar no espelho, porque não estão fazendo um bom trabalho. Estão muito atrás da curva nas políticas fiscais, estão muito atrás da curva nas políticas monetárias. A inflação está descontrolada aqui”, disse o ministro.

Em sua manifestação, o ministro da Economia voltou a defender a ideia de que os bancos centrais tomem medidas mais rígidas contra a inflação, e afirmou no tradicional comunicado ao órgão que o FMI negligenciou a inflação global e deu orientações equivocadas.

“O Brasil está na estrada da prosperidade, está indo bem, saindo dessa bagunça. Com relação aos Estados Unidos e à Europa, este é o terceiro ou quarto encontro que temos de alertar para o fato de que estão muito atrás na curva, estão dormindo no volante”, disse o ministro, em entrevista coletiva.

FMI: Brasil cresce mais que EUA, Alemanha e França

As novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram que o Brasil terá um crescimento econômico maior que de Estados Unidos, França e Alemanha em 2022. De acordo com órgão, o Produto Interno do Bruto (PIB) brasileiro deve fechar 2022 com a expansão de 2,8%. Ao mesmo tempo, a expansão é estimada em 1,6% para os norte-americanos, 1,5% para os alemães e 2,5% para os franceses.

O fundo divulgou os dados na terça-feira 11. O desempenho estimado para o Brasil é maior que a média das economias avançadas (2,4%). A publicação de ontem traz a terceira revisão seguida com a elevação da estimativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2022.

Em janeiro, o FMI reduziu a previsão de crescimento econômico deste ano para o Brasil de 1,5% para 0,5%. Em abril, a instituição reviu a projeção para 0,8%. No mês de agosto, as expectativas para a expansão do PIB brasileiro estavam em 1,7%.

Categorias