Faltando algumas horas para o fim do prazo de inscrição dos interessados em disputar as eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho, o principal bloco de oposição ao governo de Nicolás Maduro, encabeçado por Corina Yoris, denunciou que seguia impedida de inscrever a sua candidatura pelos partidos da Plataforma Unitária.
A professora universitária foi nomeada como candidata em substituição a antichavista María Corina Machado que foi proibida, por sentença do Tribunal Superior de Justiça, de ocupar cargos públicos pelos próximos 15 anos.
Corina Yoris, em declaração à imprensa, confirmou que a página na internet do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) continua bloqueando o ingresso no sistema de inscrições eletrônicas por aqueles não inscritos pelos representantes das organizações políticas Mesa da Unidade Democrática (MUD) e Un Nuevo Tiempo (UNT), as únicas habilitadas pela autoridade eleitoral para registro de candidatos.
“Meus direitos como cidadã venezuelana estão sendo pisoteados ao não me permitirem acessar o sistema e inscrever minha candidatura”disse.
A substituta de Corina Machado disse que foram feitas todas as tentativas para a introdução dos dados dos cartões, mas que o sistema estava completamente fechado para acesso digital. A opositora acrescentou ainda que tentou, sem sucesso, entregar pessoalmente ao CNE uma carta solicitando uma prorrogação do prazo de inscrição de candidaturas.
A Plataforma Unitária é o bloco opositor que, desde 2021, promove conversas com representantes do governo ditador de Nicolás Maduro e que, em outubro, assinou o acordo de Barbados.