O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, determinou abertura de inquérito para investigar se parlamentares receberam propina para apoiar a candidatura do ex-deputado Eduardo Cunha à Presidência da Câmara dos Deputados, em 2015. A decisão foi assinada no dia 12 de novembro.
Além de Cunha, mais 17 políticos serão investigados.
A decisão foi motivada pelo acordo de delação premiada do ex-executivo do grupo J&F Ricardo Saud. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), teria sido liberado o pagamento de R$ 30 milhões para que Saud pudesse “convencer os congressistas” de que a eleição de Cunha seria “a melhor opção para fazer contraponto a então presidente Dilma Rousseff”.
De acordo com a PGR, as vantagens prometidas teriam sido viabilizadas por doações oficiais, entregas em espécie e emissões de notas falsificadas.
Cunha está preso desde 2016, por causa de investigações da Operação Lava Jato. Em 2017, o ex-presidente da Câmara dos Deputados foi condenado à 15 anos e 4 meses de prisão, sob a acusação de ter solicitado propina para exploração da Petrobras em um campo de petróleo na África e ter recebido os valores em uma conta na Suíça.