Dias Toffoli diz que Estado que não é controlado pelo Judiciário é fascista

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, ignorou as duras críticas e saiu em defesa de sua decisão em que suspendeu processos judiciais e investigações com dados de órgãos de controle compartilhados sem aval prévio da Justiça.

O ministro do Supremo argumentou que o polêmico despacho configura “uma defesa de todos os cidadãos”:

“Só não quer o controle do Judiciário quem quer Estado fascista e policialesco, que escolhe suas vítimas. Ao invés de Justiça, querem vingança.”

O presidente do STF também argumentou que o despacho vai além da investigação do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ):

“É uma defesa de todos os cidadãos, pessoas jurídicas e instituições contra a possibilidade de dominarem o Estado e, assim, atingirem as pessoas sem as garantias constitucionais de respeito aos direitos fundamentais e da competência do Poder Judiciário.”

Toffoli também rebateu as críticas de que sua decisão paralisaria apurações, e disse que nenhuma investigação está proibida, apenas tem que haver prévia autorização da Justiça:

“Qual seria a razão de não pedir permissão ao Judiciário? Fazer investigações de gaveta? ‘Prêt-à-porter’ contra quem desejar conforme conveniências? Não se faz Justiça por meio de perseguição e vingança sem o controle do Poder Judiciário.”

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