Na delação do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, também foi mencionado que o presidiário Lula da Silva (PT) intermediou negócios da empresa com governos da Costa Rica, do Chile e da Bolívia.
A empreiteira OAS tentava se fixar em 2013, quando já havia conseguido integrar um consórcio para a construção de uma ponte no sul no Chile.
Na delação, Léo Pinheiro informou que a OAS temia perder o contrato com a mudança de governo, no ano seguinte, e a situação foi passada a Lula na ocasião de viagem para uma palestra. Michelle Bachelet, do Partido Socialista, tomaria posse em março de 2014.
De acordo com o relato, Lula disse que conversou com o ex-presidente chileno Ricardo Lagos, também do Partido Socialista, que teria garantido que a construtora do Brasil continuaria na obra.
Léo Pinheiro também confirmou que Lula pediu dinheiro da OAS para a campanha de Bachelet.
Pinheiro disse ter determinado, então, o pagamento de 101,6 milhões de pesos chilenos, o equivalente à época a cerca de R$ 400 mil reais, “nos interesses da campanha de Bachelet”.