Declaração final do Brics defende ampliação da livre circulação de bens e pessoas

No fim do encontro do Brics, os chefes de Estado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul aprovaram a Declaração de Brasília. É um resumo de tudo o que foi feito de um ano para cá, enquanto o Brasil ocupou a presidência rotativa do bloco dos países emergentes.

No documento, os países destacaram a necessidade de reformar o sistema multilateral para ampliar a livre circulação de pessoas e mercadorias. Também chamaram atenção para a importância de fortalecer as bases econômicas e financeiras internacionais, com atenção especial para o aumento na cooperação entre os países do Brics.

Os chefes de Estado do Brics apontaram, ainda, o diálogo e a diplomacia como os melhores caminhos para resolver as crises regionais, sempre respeitando a soberania das nações.

A reunião de cúpula terminou oficialmente com um almoço no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. Mas, no fim da tarde desta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro ainda fez reuniões bilaterais com os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa.

Bolsonaro e Putin querem aumentar os fluxos de comércio e investimentos entre Brasil e Rússia, principalmente em relação aos setores agropecuário e tecnológico. Os russos também pretendem investir no setor de energia.

Já com Ramaphosa, Bolsonaro discutiu sobre como ampliar a parceria em biocombustíveis e a cooperação agrícola. Brasil e África do Sul pretendem manter projetos conjuntos nas áreas de defesa, esportiva e jurídica.

Essa foi a segunda vez que Brasília recebeu a reunião de chefes de Estado do Brics. A primeira foi em 2010. Durante a presidência do Brasil, o bloco fez 116 reuniões oficiais, sendo a maior parte delas temáticas. Agora, quem assume a presidência do Brics é a Rússia, que vai sediar a próxima cúpula no ano que vem, em São Petersburgo.

Putin escolhe a cidade e os eventos para a próxima reunião do Brics

Agora é com a Rússia, que vai sediar a décima segunda reunião do bloco das economias emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A cidade já foi anunciada pelo presidente Russo, Vladmir Putin: vai ser em São Petersburgo. Como a presidência do Brics já está na mão de Putin, ele já anunciou também, que pretende criar a plataforma Brics de pesquisa em petróleo, gás e eficiência energética. E ainda citou que quer realizar 150 eventos durante a gestão dele como líder do bloco.

Durante o encontro, foram tratados assuntos ligados à cooperação entre os países, a economia de mercado e compartilhamento de estudos e serviços.

Para formalizar o fim do encontro do Brics, os cinco presidentes assinaram a declaração de Brasília: um documento com mais de 70 itens, entre recomendações, ações, intenções e agradecimentos. Segundo o balanço da declaração, foram 116 encontros, durante a presidência de Bolsonaro no bloco.

Na declaração de Brasília, os países destacaram a necessidade de reformamr o sistema multilateral para ampliar a livre circulação de pessoas e mercadorias. Também chamaram atenção para o fortalecimento da economia e a cooperação entre os Brics. 

Os chefes de Estado do Brics apontaram ainda que o caminho ideal para a resolução das crises regionais é o do diálogo e da democracia. 

Participaram do encontro, todos os presidentes de cada país membro do Brics, junto com suas delegações. O encontro ocorreu no Palácio do Itamaraty, aqui em Brasília. Foi a terceira vez do Brics no país e a segunda na capital federal.


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