O relatório final da CPI reuniu uma série de conclusões supostamente tiradas das investigações e depoimentos de testemunhas ao longo dos 6 meses de trabalhos da comissão.
O texto pede 68 indiciamentos, entre pessoas físicas e empresas. O presidente Jair Bolsonaro é uma delas.
Renan leu um resumo do documento durante uma hora na sessão da CPI. O relatório completo tem mais de 1000 páginas.
O documento deve ser votado na CPI na semana que vem. Os pedidos de indiciamento serão encaminhados aos órgãos competentes, entre os quais Procuradoria-Geral da República, aos ministérios públicos estaduais e ao Departamento de Polícia Federal.
Conclusões do relatório final
1-A atuação do governo causou número elevado de mortes
2-Gabinete paralelo como chancela à ‘imunização natural’
3-‘Fake news’ impulsionaram orientações erradas no combate à pandemia
4-Falta de coordenação com governos estaduais e municipais
5-Omissão do governo levou ao atraso de imunizantes
6-‘Interesses escusos’ permearam a aquisição de imunizantes
7-Indígenas: O relatório afirma que “não é segredo” que o governo de Jair Bolsonaro foi responsável por “políticas contra o direito dos indígenas” e que o coronavírus foi “mais uma arma, a mais mortífera” na “campanha que já estava em curso”
8-Caso Prevent Sênior: A CPI chama de “macabra atuação” o procedimento da empresa de promover testes clínicos conduzidos sem autorização dos comitês de ética em pesquisa, “transformando os segurados do plano em verdadeiras cobaias humanas”.
Confira a lista de indiciados
Presidente Jair Bolsonaro
- epidemia com resultado morte;
- infração de medida sanitária preventiva;
- charlatanismo;
- incitação ao crime;
- falsificação de documento particular;
- emprego irregular de verbas públicas;
- prevaricação;
- crimes contra a humanidade;
- crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo)
Ministros
- Marcelo Queiroga (Saúde): epidemia com resultado morte e prevaricação
- Onyx Lorenzoni (Trabalho): incitação ao crime e crime contra a humanidade
- Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União): prevaricação
- Braga Netto (Defesa): epidemia com resultado morte
Ex-ministros
- Eduardo Pazuello (Saúde): epidemia com resultado morte, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime e crime contra a humanidade
- Ernesto Araújo (Relações Exteriores): epidemia com resultado morte e incitação ao crime
Filhos
- Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP): incitação ao crime
- Carlos Bolsonaro, vereador (Republicanos-RJ): incitação ao crime
- Flávio Bolsonaro, senador (Patriota-RJ): incitação ao crime
Deputados
- Ricardo Barros (PP-PR): incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Bia Kicis (PSL-DF): incitação ao crime
- Carla Zambelli (PSL-SP): incitação ao crime
- Osmar Terra (MDB-RS): incitação ao crime e epidemia culposa com resultado morte
- Carlos Jordy (PSL-RJ): incitação ao crime
Empresários
- Carlos Wizard: epidemia com resultado morte e incitação ao crime
- Luciano Hang: incitação ao crime
- Otávio Fakhoury: incitação ao crime
- Francisco Emerson Maximiano: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Marcos Tolentino: fraude em contrato, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Raimundo Nonato Brasil: corrupção ativa e improbidade administrativa
- Fernando Parrillo: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença falsidade ideológica, crime contra a humanidade
- Eduardo Parrillo: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença falsidade ideológica, crime contra a humanidade
Médicos e ligados à saúde
- Nise Yamaguchi: epidemia com resultado morte
- Paolo Zanotto: epidemia com resultado morte
- Luciano Dias: epidemia com resultado morte
- Mauro Luiz de Brito Ribeiro: epidemia com resultado morte
- Pedro Benedito Batista Junior: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica, crime contra a humanidade
- Daniella de Aguiar Moreira da Silva: homicídio simples
- Paola Werneck: perigo para a vida ou saúde de outrem;
- Carla Guerra: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
- Rodrigo Esper: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
- Fernando Oikawa: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
- Daniel Garrido Baena: falsidade ideológica;
- João Paulo F. Barros: falsidade ideológica;
- Fernanda de Oliveira Igarashi: falsidade ideológica;
- Flávio Cadegiani: crime contra a humanidade
Assessores e ex-assessores
- Elcio Franco: epidemia com resultado morte e improbidade administrativa;
- Mayra Pinheiro: epidemia com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade;
- Roberto Ferreira Dias: corrupção passiva, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
- Airton Soligo: usurpação de função pública;
- Arthur Weintraub: epidemia com resultado morte
- Roberto Goidanich: incitação ao crime;
- José Ricardo Santana: formação de organização criminosa;
- Fábio Wajngarten: prevaricação e advocacia administrativa
- Marcelo Blanco: corrupção ativa
- Filipe Martins: incitação ao crime
- Tercio Arnaud Tomaz: incitação ao crime
Outros
- Emanuela Medrades: falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude processual, formação de organização criminosa e improbidade administrativa
- Túlio Silveira: falsidade ideológica, uso de documento falso, improbidade administrativa
- Danilo Trento: fraude em contrato, formação de organização criminosa, improbidade administrativa
- Andreia da Silva Lima: corrupção ativa e improbidade administrativa
- Carlos Alberto Sá: corrupção ativa e improbidade administrativa
- Teresa Cristina Reis de Sá: corrupção ativa e improbidade administrativa
- Marconny Nunes Ribeiro: formação de organização criminosa
- Allan dos Santos: incitação ao crime
- Oswaldo Eustáquio: incitação ao crime
- Richards Pozzer: incitação ao crime
- Leandro Ruschel: incitação ao crime
- Roberto Goidanich: incitação ao crime
- Bernardo Kuster: incitação ao crime
- Roberto Jefferson: incitação ao crime
- Paulo Eneas: incitação ao crime
- Cristiano Carvalho: corrupção ativa
- Luiz Paulo Dominghetti: corrupção ativa
- Rafael Francisco Carmo Alves: corrupção ativa
- José Odilon Torres: corrupção ativa
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