Coreia do Norte anuncia exercício com mísseis de “longo alcance”. Trump se manifesta.

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un, ordenou um exercício de “ataque de longo alcance”, informou a agência de notícias estatal em Pyongyang, nesta sexta (10/5).

“No posto de comando, Kim Jong Un, foi informado sobre um plano de exercício de ataque de vários meios de longo e deu a ordem para a realização” da simulação, segundo a KCNA.

Na quinta (9), Pyongyang disparou supostamente dois mísseis de curto alcance de Kusong, na província de Pyongan do Norte, segundo o Estado-Maior sul-coreano.

O comunicado da KCNA não precisa que tipo de arma foi testada, e evita usar as palavras “míssil”, “foguete” e “projétil”.

“A mobilização e ataque bem sucedidos, planejados para testar a habilidade de reação rápida das unidades de defesa […] mostrou o poder destas unidades, que estavam totalmente preparadas para realizar de forma competente qualquer operação e combate”, assinalou a KCNA.

O comunicado ocorre no momento em que os Estados Unidos anunciaram a captura de um navio cargueiro norte-coreano, e o presidente Donald Trump perguntar abertamente sobre a vontade de Kim Jong Un de negociar seriamente a desnuclearização da península.

O lançamento de dois projéteis norte-coreanos coincidiu com a visita a Seul de um enviado dos Estados Unidos para tentar desbloquear as negociações sobre a crise nuclear entre Washington e Pyongyang.

Em Nova York, procuradores federais anunciaram que o “Wise Honest” – um dos maiores navios cargueiros norte-coreanos, segundo os Estados Unidos – foi retido por violar as sanções internacionais ao exportar carvão e importar maquinaria.

O presidente americano Donald Trump disse que observa o lançamento de mísseis “muito seriamente” e criticou este passo dado por Pyongyang.

“Eram mísseis pequenos, de curto alcance. Ninguém está contente com isso”, disse o  presidente a jornalistas.

“A relação continua. Mas vamos ver o que acontece. Sei que querem negociar, falam sobre isso. Mas não penso que estão prontos para negociar”, destacou.

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