Com as novas restrições de Doria, lojistas de shoppings falam em demissões

Após João Doria adotar no Estado de São Paulo fase vermelha de restrições devido a crise saúde pública, já preocupa associações de lojistas que temem uma nova onda de demissões daqui para frente.

A perda de faturamento também deve reabrir discussões com os donos dos pontos comerciais para flexibilizar as cobranças de aluguéis enquanto as portas dos estabelecimentos estiverem fechadas — assim como ocorreu no ano passado, com a chegada da pandemia.

A fase vermelha em São Paulo afeta em diretamente o setor de shoppings centers, já que o Estado concentra 182 unidades, o equivalente a um terço do mercado nacional. “É muito dolorido para as empresas. Não sei como vamos superar. Agora vão vir mais demissões”, comenta o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos) e dono da rede de moda TNG, Tito Bessa Júnior.

Ele afirma que a nova quarentena deixou o setor perplexo, pois os lojistas não esperavam que o governo adotasse novamente medidas tão duras. “Ninguém esperava mais um lockdown nessa proporção. Não acredito que seja a medida mais efetiva.”

Em vez disso, a expectativa era de que fossem adotadas outras iniciativas discutidas desde o começo da pandemia, como a criação de novos leitos em hospitais de campanha, o avanço na testagem em massa para a doença e a aceleração da vacinação, relata.

Bessa Júnior acrescenta que as empresas tendem a ficar inadimplentes, especialmente aquelas cujas vendas ainda não haviam se recuperado plenamente, casos dos setores de roupas, acessórios, cosméticos, entre outros.

Frente a isso, ele argumenta que não restam opções a não ser deixar de pagar certas despesas, como aluguéis.

“Se mal dava para pagar o aluguel antes, agora que não dá mesmo. Isso vai ter que ser isentado. É mais um sacrifício que todos teremos que fazer.”

Categorias