Num encontro anual com as atas esferas militares e policiais, o presidente chinês Xi Jinping instou as forças armadas a prepararem-se para uma eventual guerra naval.
Segundo relatos da televisão estatal CCTV, Xi enfatizou a importância de coordenar os preparativos para conflitos no mar e proteger os interesses marítimos do país. Estas declarações ganham relevância após incidentes recentes no Mar da China Meridional, como as tensões e ataques entre navios chineses e filipinos.
O conflito entre China e Filipinas em torno das ilhas Spratly tem gerado tensões, com choques frequentes numa região vital para as rotas marítimas globais. Além disso, a atenção volta-se para Taiwan, que denuncia incursões de navios de guerra chineses perto das suas costas. O líder chinês também sublinhou a importância de construir estruturas resilientes de cibersegurança e melhorar as capacidades de combate, incluindo a aplicação de inteligência artificial.
A China, com o maior exército do mundo, anunciou um aumento de 7,2% no seu orçamento militar durante a primeira sessão da assembleia.
Contudo, analistas internacionais, citados pelo EL Mundo sugerem que o gasto real é muito maior do que o orçamentado, uma vez que não são incluídos certos investimentos militares. Isso levou a críticas sobre a transparência do gasto militar chinês.
O primeiro-ministro Li Qiang anunciou o aumento do orçamento militar e destacou a necessidade de melhorar as forças de reserva e a lealdade militar. Além disso, foi confirmada a construção do quarto porta-aviões chinês, demonstrando o contínuo avanço na capacidade militar do país.