‘Censura draconiana que não se admite’, diz Bolsonaro sobre Facebook

O presidente Jari Bolsonaro voltou a criticar as restrições impostas pelo Facebook em publicação feita em seu perfil, sobre os tributos que incidem na comercialização de combustíveis. 

Bolsonaro postou na rede social uma imagem de uma nota fiscal, mostrando os valores arrecadados com os impostos, apontando indícios de “bitributação, além da desinformação sobre o ICMS, que não é ZERO”. Ainda no post, o presidente convocou os seguidores a abastecer, observar os tributos e também compartilhar fotos das notas. Porém, a rede social o impediu de receber as imagens.

“Os combustíveis continuam aí demonstrando uma nuvem muito carregada no horizonte. Vamos resolver esse problema. Obrigada quem mandou a nota fiscal por mim por outros meios já que o Facebook bloqueou. Liguei para a AGU para ver o que a gente pode fazer, né. O governo federal também, junto com o parlamento, criar uma legislação para taxar mais ainda esse pessoal que paga muito pouco de imposto”, disse o presidente

Bolsonaro também criticou os veículos de comunicação.

“Proibir anexar imagens a título de proteger fake news. O certo é tirar de circulação, eu não vou fazer isso porque sou democrata, é tirar de circulação Globo, Folha de São Paulo, Estadão, O Antagonista. São fábricas de fake news”, disparou. 

Sobre as restrições do Facebook, o presidente também reclamou da mídia não ter se posicionado sobre o fato.

“Deixa o povo ter liberdade. Logicamente que se alguém extrapolar em alguma coisa tem a Justiça para recorrer. Agora o Facebook vir bloquear a mim e à população, é inacreditável que isso impera no Brasil e não há uma reação da própria mídia. A própria mídia se cala. Falam tanto em liberdade de expressão – para eles, em grande parte, mentir com matérias. Agora para a população é uma censura draconiana que não se admite”, destacou.

O Facebook optou por não comentar o caso.

Recentemente a rede social Twitter colocou uma marca num post do Ministério da Saúde apontando que houve “a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à COVID-19”.

O tuíte do órgão pede que o tratamento precoce seja solicitado por quem apresentar sintomas da doença, o que não é endossado por especialistas.

O “tratamento precoce”, ou “Kit Covid”, disponibilizado pelo Ministério da Saúde é uma combinação que inclui a hidroxicloroquina e a cloroquina, junto com outros fármacos.

Confira a marcação na postagem do Ministério da Saúde:

Marcação do Twitter em posto do ministério

Pelo mesmo motivo, o Twitter já fez alertas na conta do presidente Jair Bolsonaro e nos perfis dos deputados federais Carla Zambelli e Daniel Silveira.

O Twitter disse que post de Bolsonaro sobre ‘tratamento precoce’ da Covid viola regras da plataforma.


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