Brasil assina acordo com a França para exploração de urânio

O Brasil assinou um acordo com a França, nessa quinta-feira (28), para a exploração de reservas de urânio em território brasileiro.

Cerca de 70% da eletricidade francesa tem origem em energia nuclear e o país aposta nesta fonte como caminho para a transição energética. Acontece que o país depende de importações de urânio e vê um de seus principais fornecedores, o Niger, passar por instabilidades geopolíticas.

Após o anúncio do acordo o deputado Filipe Barros fez a seguinte publicação nas redes sociais:

“Graças ao nanismo diplomático de Lula, a soberania nacional corre o risco de ser trocada por um passeio de mãos dadas pela floresta. Macron não ficaria três dias no Brasil em troca de um book fotográfico na selva. Precisamos entender os interesses envoltos na visita. Entrei com requerimento para o (des)governo explicar essa “agenda verde” enquanto as contas públicas estão no vermelho e a dengue já matou quase mil pessoas em 3 meses.”, diz postagem do deputado

O articulador do acordo foi o presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Energia Nuclear, o deputado Júlio Lopes (PP-RJ).  “Macron tem se empenhado profundamente neste tema, diante da expressão, da tecnologia que a França tem nessa área. Não tenho dúvida que esse encontro poderá destravar bilhões em investimentos em nosso setor nuclear, além de gerar milhares de empregos e da possibilidade de exportar parte de nossas imensas reservas de urânio”, disse ele.

As discussões entre os dois países também abordam a revitalização da usina nuclear Angra 1 e a construção de Angra 3, com previsão de entrar em operação em 2028. Angra 3, que contará com tecnologia da empresa francesa Framatome, terá uma potência de 1.405 megawatts, gerando energia suficiente para atender cerca de 4,5 milhões de pessoas.

Atualmente, o Brasil detém a oitava maior reserva de urânio do mundo, com cerca de 280 mil toneladas.

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