O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou nesta quarta (23), que reuniu com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e sinalizou para as Forças Armadas estejam preparadas em caso de protestos violentos como os que vem ocorrendo no Chile e Equador.
Ainda no Japão, quando questionado sobre a possibilidade de o próximo país a sofrer turbulências nas ruas ser o Brasil, Bolsonaro respondeu:
“Não podemos ser surpreendidos, temos que ter a capacidade de nos antecipar a problemas. Conversei com o ministro da Defesa sobre a possibilidade de ter movimentos como tivemos no passado, parecidos com o que está acontecendo no Chile, e a gente se prepara para usar o artigo 142, que é pela manutenção da lei e da ordem, caso eles venham a ser convocados por um dos três poderes.”
Bolsonaro disse que o que acontece atualmente na América do Sul são movimentos de grupos de esquerda para tentar voltar ao poder:
“Não podemos ser surpreendidos, temos que ter a capacidade de nos antecipar a problemas. A intenção deles é atacar os EUA e se auto ajudarem para que seus partidos à esquerda tenha ascensão. Dinheiro nosso brasileiro, do BNDES, irrigou essa forma de fazer política.”
O Artigo 142 da Constituição Federal estabelece as diretrizes sobre o funcionamento das Forças Armadas.
De acordo com o texto, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica estão “sob a autoridade suprema do Presidente da República”, com o objetivo de implementar a “defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.