Nesta quinta (06), após a fala do governador de São Paulo, João Doria , que disse que a posição do presidente sobre os impostos nos combustíveis é “populismo”. Bolsonaro disse que isso é, na verdade, “vergonha na cara”.
“Chega desse povo sofrer. Isso não é demagogia. Dois governadores que estão me criticando, isso não é populismo , é vergonha na cara . Ou você acha que o povo está numa boa? Está todo mundo feliz da vida com o preço do gás, com o preço da gasolina, com o preço do transporte?” questionou Bolsonaro , na saída do Palácio da AlvoradaL
Ao falar em “dois governadores”, Bolsonaro fez uma referência também ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel , a quem também havia criticado minutos antes, junto de Doria.
Os dois governadores atacam Bolsonaro, após apoia-lo na eleição, porque querem ser candidatos à Presidência .
Entenda o caso
Na quarta (05), Bolsonaro disse que zeraria os impostos federais que incidem sobre combustíveis caso os governadores concordem em zerar o ICMS , que é estadual .
Foi uma resposta a uma carta de 23 governadores, que pediram ao presidente que abrisse mão de receitas de impostos federais como PIS , Cofins e Cide , após ele criticar os governadores por represarem a redução recente nos preços de gasolina e diesel nas refinarias daPetrobras .
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia , disse achar ‘inviável’ o desafio de Bolsonaro para zerar impostos sobre combustíveis.
Após a declaração de Bolsonaro , Doria afirmou que os governadores não foram convidados pelo presidente para discutir isso e chamou a fala de “bravata”.
De acordo cálculos da Receita Federal, o plano de zerar os impostos federais sobre combustíveis custaria aos cofres públicos R$ 27,4 bilhões.