Bolsonaro e Indústria Brasileira comemoram acordo comercial entre Mercosul e União Europeia

O presidente Jair Bolsonaro comemorou o acordo fechado entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado nessa sexta (28), em Bruxelas, na Bélgica. Bolsonaro avaliou, neste sábado (29), que o acordo foi muito bom e terá um efeito dominó, encorajando mais países a negociarem com o Brasil.

Os países do Mercosul e da União Europeia formarão uma das maiores áreas de livre comércio do planeta a partir desse acordo. Juntos, os dois blocos representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas.

Bolsonaro participou da reunião de cúpula do G20, as 20 principais economias do mundo, e disse ter conversado com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a questão climática brasileira. Segundo o presidente, as conversas foram cordiais.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comemorou o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia.

O presidente da CNI, Robson Andrade, afirmou que o acordo pode representar o “passaporte para o Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacional”.

Um estudo feito pela CNI indicou que, dos 1.101 produtos que o Brasil tem condições de exportar para a União Europeia, 68% enfrentam hoje tarifas de importação ou quotas.

“As informações que eu tenho são as melhores possíveis. Entra em vigor daqui a dois, três anos. Depende dos parlamentos. Vamos ver se o nosso, aqui, talvez seja um dos primeiros a aprovar [o acordo]. É o que se espera”, comentou o presidente logo ao chegar a Brasília neste domingo, de volta da Cúpula do G20, no Japão.

Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo pode favorecer negócios entre o Mercosul e a União Europeia que, em 15 anos, podem resultar em um incremento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro da ordem de US$ 87,5 bilhões.

Mais cedo, no Twitter, o presidente afirmou que o acordo firmado pelos dois blocos regionais está em consonância com aspectos legais brasileiros, preservando, inclusive, as “conquistas” decorrentes da aprovação da chamada Lei de Inovação Tecnológica.