O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (14), que “vai faltar dinheiro para pagar servidores”, e que grupos que imaginam receber aumentos ainda este ano não terão condições devido à pandemia do coronavírus.
Bolsonaro planeja vetar, a pedido da equipe econômica, parte do pacote de ajuda aos estados que liberava o reajuste para servidores de algumas áreas, entre elas saúde e segurança, nos próximos dois anos.
Ainda assim, atendeu um pedido do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para, antes do veto, esperar a aprovação pelo Congresso do reajuste para policiais civis, militares e bombeiros — que são pagos pela União —, o que foi feito.
De acordo com dados divulgados na quarta-feira (13) pelo Ministério da Saúde, existem no Brasil 188.974 casos confirmados da covid-19, com 13.149 mortes.
O presidente também afirmou que o lockdown, adotado por algumas regiões brasileiras, é o “caminho para o fracasso”.
“O Brasil está quebrando. E depois de quebrar, não é como alguns dizem, ‘ah, a economia recupera’. Não recupera. Vamos ser fadados a viver em um país de miseráveis, como tem alguns países da África sub-saariana. Nós temos que ter coragem de enfrentar o vírus. Está morrendo gente? Está. Lamento? Lamento, lamento. Mas vai morrer muito, muito, mas muito mais se a economia continuar sendo destroçada por essas medidas”, afirmou o presidente.
“Tem que reabrir ou nós vamos morrer de fome, a fome mata. É um apelo que eu faço aos governadores, que revejam essa política. Eu estou pronto para conversar”, acrescentou, fazendo referências às políticas de isolamento adotadas por alguns estados do país.