Com quatro casos detectados, a Bélgica se tornou o primeiro país a introduzir uma quarentena obrigatória para as pessoas infectadas com a varíola dos macacos (monkeypox, em inglês). Segundo o jornal belga La Libre, a decisão foi tomada na sexta-feira pelo Grupo de Avaliação de Riscos da Bélgica (RAG) e autoridades de saúde do país. A medida é uma forma de evitar a disseminação da doença, que já foi identificada em 11 nações europeias.
A região vive o maior surto da varíola dos macacos já registrado , de acordo com o serviço médico das Forças Armadas da Alemanha. Fora da Europa, há ainda casos na Austrália, Estados Unidos, Canadá e Israel. Pela decisão da Bélgica, pessoas que tiverem o diagnóstico confirmado para a infecção serão obrigadas a cumprir um período de 21 dias de quarentena, sem contato algum com outras pessoas.
Desde o início do mês, Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha (onde um dos infectados é brasileiro), Itália, Suécia, Espanha, Portugal, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Israel, Suíça e Áustria registraram casos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 92 casos e 28 suspeitos já foram identificados em países onde o vírus não é endêmico — e alertou que mais infecções provavelmente serão confirmadas em breve.
Argentina registra primeiro caso suspeito de varíola do macaco
O governo da Argentina divulgou, em comunicado na noite deste domingo (22), que investiga um caso suspeito de varíola símia, ou varíola do macaco.
Se confirmado, esse será o primeiro caso na América do Sul e, assim, o surto da enfermidade terá atingido todos os continentes, fora da África, onde a doença é endêmica. A Austrália, na Oceania, tem diagnósticos confirmados e, ontem Israel, na Ásia, também teve a notificação de um infectado.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que mais casos da varíola símia devem aparecer à medida que se expande a vigilância em países onde a doença normalmente não é encontrada.