Apagão Cibernético Global

O mundo sofreu nesta sexta 19/07 um apagão cibernético global, que afetou desde serviços de transporte até hospitais.

Mais de 3,7 mil voos foram cancelados no mundo inteiro, e mais de 32 mil sofreram atrasos, segundo o site especializado FlightAware.

 Veja abaixo a animação:

Timelapse de voos afetados nos Estados Unidos pelo apagão cibernético global

O que causou o apagão?

O apagão cibernético global aconteceu devido a um problema com a empresa de segurança cibernética CrowdStrike.

O CEO da companhia, George Kurtz, informou que as interrupções foram causadas por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo de seu software nos sistemas operacionais Microsoft Windows.

Os computadores que executam o Windows parecem estar travando devido à maneira incorreta como uma atualização de código de software emitida pela CrowdStrike interage com o sistema.

Kurtz destacou que uma correção já foi implantada, mas especialistas ressaltaram que a situação pode demorar para ser normalizada.

Valor de mercado da CrowdStrike cai R$ 50 bilhões depois de apagão cibernético

O valor de mercado da CrowdStrike caiu US$ 9 bilhões, equivalente a R$ 50 bilhões, no fechamento de mercado desta sexta-feira (19) na comparação com o dia anterior. Uma falha em um dos sistemas de segurança da empresa desencadeou um apagão tecnológico global.

A companhia, que era avaliada em US$ 83 bilhões na quinta-feira, teve seu valor rebaixado para US$ 74 bilhões.

A redução aconteceu porque as ações da empresa caíram 11% no fechamento da Bolsa de Valores de Nova York, passando a valer US$ 304,96.

A Microsoft também sofreu prejuízos, uma vez que a atualização com a falha foi enviada para os sistemas operacionais Windows, gerando impacto no consumidor final.

A empresa foi desvalorizada em 0,74%, com uma queda de US$ 24,2 bilhões (R$ 133,28 bilhões). Ainda assim, o valor de mercado da Microsoft é de mais de US$ 3,2 trilhões.

Entenda os impactos do apagão cibernético global no Brasil

Um apagão cibernético global, causado por um problema com a empresa de segurança cibernética CrowdStrike, gera impactos em empresas e serviços de vários países, incluindo o Brasil. Por aqui, empresas aéreas, bancos e hospitais tiveram impactos em suas operações.

Sistema do Supremo Tribunal Federal (STF) foi um dos atingidos pelo apagão, resultando na queda de seu site. Esse incidente sublinhou a vulnerabilidade até mesmo das instituições governamentais a perturbações digitais. A recuperação dos sistemas só foi concretizada por volta das 7h, restabelecendo a normalidade operacional.

Transporte Aéreo

A Azul Linhas Aéreas informou que alguns voos podem sofrer atrasos, “devido à intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas”. Veja aqui os voos afetados pelo apagão cibernético.

A companhia orienta os clientes que possuem voos agendados para hoje, e que ainda não tenham efetuado o check-in, a chegarem com antecedência ao aeroporto de embarque, onde devem procurar pelo balcão de atendimento da empresa.

Em comunicado, a Azul lamenta eventuais transtornos causados aos clientes. As complicações operacionais que afetaram a Azul causaram transtornos aos passageiros do Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

Segundo a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, 24 voos de partida e 15 voos de chegada tiveram atrasos registrados na manhã de hoje. O aeroporto emitiu uma nota informando que acionou planos de contingência “para reduzir os impactos decorrentes dessa falha”.

A GOL Linhas Aéreas informou que suas operações e sistemas não sofreram impactos do apagão cibernético até o momento.

A Latam informou aos passageiros que a operação pode ser afetada pelo queda mundial da Microsoft. O imprevisto pode gerar alguns atrasos em voos, segundo a companhia. Em nota enviada à imprensa, a Latam comunicou que, até o momento, não há impactos na operação da empresa.

A Inframerica, administradora do Aeroporto Internacional de Brasília, relatou atrasos apenas em voos da Azul por falhas no sistema da companhia. O balcão da companhia registrou movimento mais intenso que o das demais empresas aéreas, na manhã de hoje, no terminal da capital federal. 

Bancos

Na manhã desta sexta-feira (19), o Bradesco reportou que sofre as consequências do apagão cibernético global.

O Nubank disse que seus serviços operam normalmente, porém há um impacto no canal de atendimento aos clientes. Segundo a empresa, as interações estão levando um tempo maior que o habitual.

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que todos os seus canais funcionam normalmente. Também não foram afetados o Itaú Unibanco, o Santander, a Caixa o BTG Pactual.

O Banco Central informou que seus sistemas estão funcionando normalmente em meio a uma falha cibernética global nesta sexta-feira que causou estragos em sistemas de computadores em todo o mundo.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertou que os sistemas de alguns bancos brasileiros foram temporariamente afetados ela falha global.

Serviço hospitalar

O Ministério da Saúde disse à CNN que não sofreu impactos do apagão cibernético. A pasta “não utiliza a solução/software que causou a indisponibilidade digital em outras áreas”.

Em São Paulo, pacientes e funcionários do Hospital Sírio-Libanês, tradicional estabelecimento de saúde na região central da capital, relataram a queda no sistema. Segundo, apurou a reportagem, pessoas com exames agendados enfrentaram longa espera e, algumas delas, chegaram a voltar para casa sem consegui realizar o procedimento que estava marcado.

Em nota, o Sírio-Libanês diz que todas as suas unidades operam normalmente, porém, pela manhã, houve lentidão causada por instabilidade no sistema.

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