O presidente-executivo da Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), Mark Zuckerberg, anunciou nesta quarta-feira (9) a demissão em massa de mais de 11 mil pessoas, o que representa 13% de sua força de trabalho — o maior corte de sua história.
“A desaceleração macroeconômica e o aumento da concorrência fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava”, disse Zuckerberg em uma mensagem aos funcionários
Lucro caiu pela metade
Segundo a agência Reuters, a Meta, cujas ações perderam mais de dois terços de seu valor, disse que também planeja cortar gastos e estender seu congelamento de contratações até o primeiro trimestre
.O lucro da companhia caiu pela metade no terceiro trimestre – ficou em US$ 4,4 bilhões, queda de 52% em relação ao mesmo período de 2021. Os números foram divulgados em um contexto de estagnação do número de usuários e redução da receita da companhia com publicidade.
Até o final de setembro, a Meta tinha pouco mais de 87 mil colaboradores.
Gastos com o metaverso
Os gastos com metaverso, universo paralelo anunciado como o futuro da internet, preocupava investidores da Meta.
Até agora, em 2022, o Reality Labs, unidade de metaverso, resultou em perdas de US$ 9,44 bilhões em receita, somando-se aos US$ 10 bilhões do ano passado. E a empresa projeta que as perdas crescerão ainda mais em 2023. Os frutos só deverão ser colhidos daqui a uma década.
Leia a íntegra do comunicado enviado aos funcionários:
“Hoje, estou compartilhando algumas das mudanças mais difíceis que fizemos na história do Meta. Decidi reduzir o tamanho da nossa equipe em cerca de 13% e deixar mais de 11.000 de nossos talentosos funcionários irem. Também estamos tomando uma série de medidas adicionais para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e eficiente, cortando gastos discricionários e estendendo nosso congelamento de contratações até o 1º trimestre.
Quero assumir a responsabilidade por essas decisões e explicar como chegamos aqui. Sei que é difícil para todos, e sinto muito pelos impactados.